Saúde • 14:10h • 17 de julho de 2025
Idosos encontram no pilates em casa uma solução para manter a mobilidade
Método adaptado oferece exercícios de baixo impacto para melhorar mobilidade, força e qualidade de vida sem sair do lar
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Lara Assessoria | Foto: Divulgação

Manter uma rotina ativa depois dos 60 anos ainda é um desafio para muitos. Problemas como dores articulares, perda de mobilidade, medo de quedas e até o receio de sair de casa limitam a prática de exercícios, contribuindo para o sedentarismo — um fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e perda de massa muscular.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, 47% das pessoas com mais de 65 anos são fisicamente inativas. Para driblar esse problema, iniciativas como o “Pilates em Casa” têm ganhado força entre idosos que buscam mais saúde e autonomia sem precisar se deslocar ou investir em equipamentos caros.
Desenvolvido pela fisioterapeuta e educadora física Vanessa de Andrade, o programa propõe uma rotina de exercícios de baixo impacto adaptados ao ambiente doméstico, utilizando objetos simples como cadeiras, travesseiros e cabos de vassoura. A proposta já impactou mais de 25 mil pessoas diretamente e reúne mais de 200 mil inscritos no canal “Programa Pilates em Casa: Vanessa de Andrade” no YouTube.
“O corpo envelhece, mas ele responde ao estímulo certo. A chave está em respeitar os limites e oferecer uma prática possível e contínua”, explica Vanessa. A fisioterapeuta, com mais de 12 anos de experiência em reabilitação e envelhecimento saudável, destaca que o Pilates fortalece músculos estabilizadores, melhora o equilíbrio e devolve a segurança para quem até evita sair de casa por medo de quedas.
Em Assis, onde a população idosa cresce e busca opções acessíveis para manter a saúde, o método surge como alternativa prática, principalmente para quem enfrenta dificuldades de deslocamento ou custos com academias. A praticidade de fazer os exercícios em casa também ajuda a manter a regularidade.
Estudos reforçam os benefícios. Um levantamento da Universidade de Miami demonstrou que idosos que praticam Pilates têm melhora no equilíbrio e redução de dores articulares. Outro estudo, publicado no Journal of Sports Science & Medicine, indica aumento de até 40% na flexibilidade após dois meses de prática regular. “A constância é mais importante do que a intensidade. Com 15 minutos diários, já é possível notar melhoras na postura, na disposição e no controle da respiração”, reforça Vanessa.
A especialista também destaca o impacto emocional positivo: o Pilates ajuda a reduzir o estresse, aumentar os níveis de endorfina e melhorar o humor, inclusive no período pós-menopausa. “O autocuidado é um direito. E a saúde precisa ser possível, mesmo com orçamento limitado”, enfatiza.
Para quem quer começar a dica é simples: reservar um espaço tranquilo em casa e seguir vídeos guiados por profissionais qualificados. “Não precisa de roupa especial nem de equipamentos caros. O essencial é o compromisso com a própria saúde”, conclui Vanessa.
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