• Galpão Cultural vira vitrine de talentos e festa literária em Assis neste último sábado (05)
  • Aeroclube de Assis atrai famílias com evento gratuito e shows aéreos no sábado; confira os detalhes
  • Assis dá show na Mega Sena: sete apostas faturam prêmio na quadra enquanto prêmio principal acumula
Novidades e destaques Novidades e destaques

Mundo • 14:27h • 06 de julho de 2025

Igualdade salarial: dois anos de lei marcam avanços e desafios por equidade no trabalho

A CLT garante, desde 1943, salário igual para a mesma função, sem distinção de sexo. Mesmo assim, mulheres ainda não estão em todos os cargos nem recebem sempre o mesmo salário que os homens

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do Ministério do Trabalho e Emprego | Foto: Divulgação

A desigualdade salarial entre homens e mulheres que se verifica em todo território nacional não é um caso isolado.
A desigualdade salarial entre homens e mulheres que se verifica em todo território nacional não é um caso isolado.

Na quinta-feira (3), a Lei nº 14.611, que trata da igualdade salarial entre mulheres e homens, completa dois anos em vigor, reforçando a histórica luta por equidade no mercado de trabalho. Regulamentada pelo Decreto nº 11.795/2023, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a norma estabelece a obrigatoriedade de divulgação de informações salariais por empresas com mais de 100 empregados. A medida é coordenada conjuntamente pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres (MMulheres), com o objetivo de ampliar a transparência e acelerar os avanços na equiparação salarial entre mulheres e homens.

Embora a busca por igualdade de remuneração não seja nova, está prevista no artigo 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde 1943, ainda há desafios significativos a superar. A CLT determina que "todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá a igual salário, sem distinção de sexo". A Constituição Federal de 1988 também assegura esse princípio como um direito fundamental, reforçando a obrigatoriedade da equiparação salarial entre homens e mulheres.

“O problema é que nas últimas duas décadas, estamos estagnados em relação à diminuição dessas diferenças, até mesmo por grande parte das empresas com 100 ou mais funcionários, ainda temos muitas empresas em que não há mulheres em todos os tipos de cargos, em especial nos cargos de gerência e direção. Portanto, a lei vem para voltar a colocar o tema em debate e para acelerar a diminuição dessa desigualdade estrutural onde as mulheres ganham menos do que os homens”, argumenta a subsecretária de Estatísticas Estudos do Trabalho, Paula Montagner.

“Além disso, a maioria das mulheres continua a acumular sozinhas as responsabilidades pelo trabalho doméstico não remunerado, com a diferença que para quase metade delas lhes cabe ser a principal provedora de suas famílias”, complementa Paula Montagner. O 3º Relatório de Transparência Salarial evidencia que a baixa inclusão de mulheres em diversas ocupações contribui para ampliar a desigualdade salarial, especialmente em cargos de gerência, direção e funções de nível superior.

A desigualdade salarial é ainda mais grave para as mulheres negras. Essa realidade não é nova, pois os trabalhadores negros enfrentam desafios históricos em sua inserção no mercado de trabalho, reflexo das marcas duradouras da escravidão.

A desigualdade salarial entre homens e mulheres que se verifica em todo território nacional não é um caso isolado, há comparações internacionais relevantes que mostram que há situações mais confortáveis em países com mais renda e até mesmo entre aqueles em que esses princípios estão mais presentes na sociedade. Para acelerar essas mudanças, o Brasil adotou esse processo de transparência tal como já ocorre em países como a Inglaterra, Canadá, EUA, França que criaram normas para combater a desigualdade.

O Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2022 revela que, globalmente, as mulheres recebem em média 20% menos que os homens. No Brasil, entre 2023, quando já havia normatização dos procedimentos, e 2024, os relatórios de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios mostram que a desigualdade salarial de 20% persiste também nas grandes empresas, mesmo quando mulheres e homens ocupam cargos similares.

Outro ponto importante é que essa desigualdade reduz o potencial da economia. De acordo com um cálculo conservador, se a massa salarial das mulheres fosse proporcional à sua participação no mercado de trabalho (40,6% em 2024), conforme o Relatório de Transparência Salarial de março de 2025, seriam pagos R$ 95 bilhões a mais, aumentando a massa salarial total em cerca de 10%.

Em março deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou o 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, que revelou que, em 53.014 estabelecimentos com 100 ou mais empregados, as mulheres ganham em média 20,9% menos que os homens. Foram analisados 19 milhões de vínculos empregatícios, um aumento de 1 milhão em relação à RAIS de 2023.

“Acredito ser importante destacar que a desigualdade salarial se manteve relativamente estável entre 2023 e 2024, período em que houve expansão no número de empregos, com o aumento equivalente de empregados e empregadas”, afirma a subsecretária de Estatísticas Estudos do Trabalho, Paula Montagner.

Ela ainda ressalta que cresceu o número de empresas onde a diferença salarial não ultrapassa 5%. No caso dos salários médios de contratação, essa condição é observada em 57% das empresas, enquanto para a remuneração média, 32,7% das empresas já atingiram esse patamar, boas práticas que podem servir de exemplo para outras organizações.

O relatório também reforça a necessidade de avançar para que mais empresas adotem políticas de contratação de mulheres. Entre as empresas analisadas, apenas 31% afirmaram ter alguma ação voltada à inclusão feminina. Esse percentual cai para 25% quando se trata da inclusão de mulheres negras, 20% para mulheres dos grupos LGBTQIA+ e 19% para mulheres chefes de família.

O relatório também destacou que apenas 22,9% das empresas possuem políticas de auxílio-creche. “Esse dado é preocupante, pois as mulheres com filhos precisam de locais seguros para deixá-los, o que lhes permite cumprir jornadas de trabalho mais longas”, ressalta Paula Montagner.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:37h • 06 de julho de 2025

Tarumã anuncia programação especial para a Primeira Festa Julina da Família

Evento acontece nos dias 10 e 11 de julho no Espaço Múltiplo “Teolindo Toni”, com comidas típicas, shows ao vivo e atrações para todas as idades

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:01h • 06 de julho de 2025

Galpão Cultural vira vitrine de talentos e festa literária em Assis neste último sábado (05)

Evento gratuito no sábado, 5 de julho, reuniu autores, leitores e famílias em uma noite de livros, música e cultura popular no Galpão Cultural, em parceria com a Biblioteca do espaço

Descrição da imagem

Gastronomia & Turismo • 16:19h • 06 de julho de 2025

Descubra destinos turísticos surpreendentes para curtir as férias de julho

Prepare-se para descobertas surpreendentes e experiências inesquecíveis, desvendando o charme do inverno em destinos que vão muito além do frio tradicional

Descrição da imagem

Variedades • 15:43h • 06 de julho de 2025

DF entra na rota do enoturismo: Cerrado surpreende com vinhos premiados e experiências únicas

Cerrado surpreende amantes do vinho com vinícolas premiadas e experiências enoturísticas no coração do DF

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 15:03h • 06 de julho de 2025

Aeroclube de Assis atrai famílias com evento gratuito e shows aéreos no sábado; confira os detalhes

Encontro no sábado, 5 de julho, reuniu exposições, brinquedos, gastronomia e apresentações aéreas, levando cultura, lazer e emoção ao público assisense

Descrição da imagem

Cidades • 14:02h • 06 de julho de 2025

Novos horários do transporte intermunicipal de Tarumã entram em vigor dia 7 de julho

Prefeitura de Tarumã divulga mudanças para melhorar atendimento e organização nas viagens entre os municípios

Descrição da imagem

Saúde • 13:37h • 06 de julho de 2025

Fiocruz alerta: vírus respiratórios seguem em alta na maior parte do Brasil

Há indícios de queda nas regiões centro-sul, Norte e Nordeste

Descrição da imagem

Mundo • 13:01h • 06 de julho de 2025

Fui multado! Saiba como recorrer com 5 passos práticos e evitar prejuízos

Advogada especialista em trânsito explica como analisar notificações, pedir provas e respeitar prazos para cancelar multas injustas

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?