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Política • 10:27h • 22 de setembro de 2024

Justiça, Eleições e Cultura: o embate entre José Fernandes e Karol Tedesque

A polêmica dos shows e a disputa pelo respeito à lei eleitoral em Assis

Da Redação | Foto: Frame/Redes Sociais

Liminar revela conflito entre política e cultura em período eleitoral; os bastidores e as versões de ambos os lados
Liminar revela conflito entre política e cultura em período eleitoral; os bastidores e as versões de ambos os lados

A decisão judicial que cancelou dois shows em Assis — o de Almir Sater, previsto para o dia 4 de outubro, e o do grupo Tok de Vaidade — continua gerando desdobramentos e alimentando o debate político na cidade. A crítica principal envolve o suposto uso da máquina pública para favorecimento eleitoral, algo que foi contestado tanto pelo prefeito José Fernandes quanto por Karol Tedesque, uma das figuras centrais por trás da liminar que barrou os eventos.

Entenda o caso: Decisão judicial impede realização de eventos próximos às eleições em Assis

José Fernandes: "Quem perdeu foi a população"

Em sua declaração oficial nas redes sociais, o prefeito José Fernandes demonstrou grande insatisfação com a decisão judicial. Fernandes afirmou que o evento com Almir Sater era um sonho antigo da sua administração, especialmente do ex-secretário Emerson, que sempre desejou trazer o cantor ao Parque das Águas. Ele salientou que o show tinha a intenção de celebrar o padroeiro da cidade e proporcionar à população uma experiência cultural de alto nível.

O prefeito, no entanto, enfatizou a surpresa com a liminar e a dificuldade de entender a proibição do evento, comparando com outras cidades da região onde eventos semelhantes ocorreram sem restrições. "Tivemos shows em Palmital, Tarumã, Pedrinhas Paulistas, Maracaí, com grandes artistas, mas aqui a política do quanto pior, melhor, prevaleceu", declarou ele, insinuando que há uma campanha de desconstrução contra sua gestão.

A fala de José Fernandes reflete um sentimento de vitimização, no qual ele atribui a responsabilidade pela suspensão dos eventos não à lei, mas a uma suposta perseguição política. No entanto, ele não abordou o fato de que o evento poderia ter sido programado para outra data. A comemoração, que este ano se tornou alvo de questionamentos, poderia ter sido realizada após o período eleitoral, no final de outubro ou início de novembro, por exemplo, evitando a conotação de má-fé eleitoral que a proximidade com as eleições acabou gerando.

Karol Tedesque: "Não sou contra a cultura, sou a favor da lei"

Karol Tedesque, candidato a vereador e advogado que moveu a ação que resultou na suspensão dos shows, fez questão de rebater o que considerou uma campanha de desinformação. Em uma declaração contundente, Tedesque ressaltou que sua posição não é contra a cultura ou o evento em si, mas sim contra o que ele vê como um claro abuso de poder por parte do prefeito.

Eu sou defensor da cultura, também sou artista. Mas o que o prefeito fez aqui foi um claro uso da máquina pública para favorecer sua candidata, contratando um show de 200 mil reais, 2 dias antes da eleição, afirmou Karol

Ele também destacou que o show de Almir Sater não foi anunciado com antecedência e que, ao contrário de outros eventos organizados pela prefeitura, não havia transparência na divulgação da data, o que ele considera uma manobra política.

O advogado frisou ainda que o juiz responsável pela decisão pediu à prefeitura que explicasse se, nos últimos 8 anos, houve eventos semelhantes na mesma data, e a resposta foi negativa. Segundo Karol, isso só reforça a percepção de que a realização do show era uma tentativa deliberada de influenciar a eleição.

Karol criticou duramente a atitude de José Fernandes de comparar os eventos de Assis com os de outras cidades. "É uma comparação de má-fé ou de muita ignorância. As circunstâncias são totalmente diferentes, e a questão aqui não é a realização de shows, mas sim o uso eleitoral de um evento público", afirmou, mencionando Pedrinhas Paulistas, por exemplo, onde os shows são recorrentes.

A ação movida por Karol Tedesque se baseou exatamente nesse ponto: o fato de o show ser realizado a apenas dois dias da eleição, o que ele acredita ferir o princípio da igualdade entre os candidatos. Tedesque, inclusive, afirmou que o prefeito tem usado sua figura e presença para promover sua candidata a prefeita de forma ostensiva, em eventos públicos e nas redes sociais, algo que a legislação eleitoral proíbe. "É o cabo eleitoral mais caro do Brasil; se chama: José Fernandes", diz.

Conclusão: A lei acima da cultura?

O debate entre José Fernandes e Karol Tedesque levanta questões importantes sobre o limite entre promoção cultural e favorecimento eleitoral. A cultura deve ser preservada, mas não em detrimento da legalidade. Tedesque, ao contrário das acusações que têm circulado, não se posiciona contra a realização de eventos culturais, mas sim contra o uso deles como ferramenta política, o que considera um risco à democracia. A liminar é um reflexo dessa preocupação, assim como um chamado à reflexão sobre como e quando as comemorações públicas devem ocorrer.

Considerando a relevância cultural que o prefeito José Fernandes atribui ao show de Almir Sater para a população de Assis, é válido questionar por que o evento não pode ser reagendado para uma data posterior às eleições. Caso o propósito seja realmente o benefício da comunidade, seria coerente que o show acontecesse após o período eleitoral, respeitando os princípios democráticos. Com o evento já pago, reagendar a apresentação seria uma solução que preservaria tanto o interesse público quanto a igualdade eleitoral. Se essa alternativa não for viável, seria importante que o prefeito esclarecesse à população os motivos que impedem o reagendamento.

*Matéria atualizada às 10:27 para correção do sobrenome Tesdesque.

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