Saúde • 19:29h • 15 de dezembro de 2025
Levantamento aponta alterações anatômicas em 64% dos homens após cirurgia de próstata
Estudo com quase 2 mil pacientes indica curvaturas, afinamento e redução peniana, além de alta incidência de disfunção erétil no pós-operatório
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Search One Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Um levantamento com homens submetidos à cirurgia na região da próstata aponta que 64% relataram algum tipo de alteração anatômica no pênis após o procedimento. As mudanças incluem curvaturas, afinamento e redução do comprimento peniano e estão associadas, em parte dos casos, à Doença de Peyronie. Os dados acendem um alerta para a necessidade de acompanhamento médico contínuo no pós-operatório, considerando impactos físicos e emocionais.
A pesquisa analisou 1.902 pacientes atendidos pelo urologista Paulo Egydio e identificou que a disfunção erétil é um dos efeitos colaterais mais frequentes após a cirurgia. Segundo o levantamento, 81% dos entrevistados relataram impotência no período posterior ao procedimento, o que reforça a importância de estratégias de reabilitação sexual e apoio clínico.
Entre as alterações anatômicas observadas, o afinamento do pênis, conhecido como formato hour-glass, foi o achado mais comum, presente em 46% dos casos. Essa condição pode comprometer a firmeza da ereção e dificultar a penetração. Já a redução do comprimento peniano foi relatada por 31% dos homens, alteração associada ao processo de cicatrização e ao encurtamento dos tecidos após a cirurgia.
Alterações anatômicas após cirurgia de próstata exigem acompanhamento médico
Sobre a Doença de Peyronie
Os dados indicam que a Doença de Peyronie pode surgir ou se agravar nesse contexto, caracterizando-se pela formação de placas fibrosas no tecido peniano. Essas placas podem provocar dor, curvatura e deformidades durante a ereção, afetando a função sexual e a autoestima dos pacientes.
O estudo também mapeou os tratamentos mais utilizados no pós-operatório. A tadalafila aparece como a medicação mais frequente, utilizada por 67% dos pacientes. A sildenafila foi adotada por 36% dos entrevistados. Em situações em que os medicamentos orais não apresentam resposta satisfatória, terapias injetáveis intracavernosas são alternativas, com uso de Caverject em 17% dos casos e de Bimix ou Trimix em 25%.
Além dos medicamentos, 17% dos pacientes relataram ter recorrido à fisioterapia peniana como parte do processo de reabilitação. Por outro lado, 20% afirmaram não ter buscado nenhum tipo de tratamento após a cirurgia, dado que chama atenção para barreiras como desinformação, constrangimento ou subestimação dos sintomas.
Especialistas destacam que o acompanhamento médico é fundamental para reduzir danos e melhorar a qualidade de vida após a cirurgia de próstata. A identificação precoce das alterações permite indicar terapias adequadas e orientar o paciente sobre as opções disponíveis. O cuidado contínuo também ajuda a lidar com os efeitos psicológicos associados às mudanças corporais e à função sexual.
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