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Responsabilidade Social • 14:46h • 19 de maio de 2025

Luta contra a LGBTQIA+fobia começa por inclusão no mercado de trabalho

No Dia Internacional de Combate à LGBTQIA+fobia, que foi celebrado em 17 de maio, CUT destaca avanços, desafios e o papel de políticas públicas e empregadores

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da CUT | Foto: Elineudo Meira/Arte:CUT

Leis e políticas públicas são fundamentais porque impactam não somente a sociedade mas também o mercado de trabalho.
Leis e políticas públicas são fundamentais porque impactam não somente a sociedade mas também o mercado de trabalho.

Apesar de avanços importantes, como a criminalização da homofobia, maior visibilidade na mídia e em campanhas institucionais, a população LGBTQIA+ ainda encontra dificuldades no mercado de trabalho — especialmente pessoas trans, travestis e aquelas que não seguem padrões heteronormativos, como as pessoas não-binárias.

Quem explica isso é Walmir Siqueira, secretário de Políticas LGBTQIA+ da CUT. Segundo ele, mesmo com conquistas, o mercado ainda é marcado por exclusões. “Muitas pessoas não conseguem terminar os estudos, fazer uma qualificação ou acessar um emprego com dignidade. Acabam empurradas para o subemprego ou a informalidade”, afirma.

Walmir lembra que o Judiciário tem dado passos importantes, mas o Legislativo ainda enfrenta forte resistência. “Quando governos negociam com bancadas conservadoras, a pauta LGBTQIA+ é uma das primeiras a ser deixada de lado.”

Leis e políticas públicas são essenciais. A criminalização da homofobia, por exemplo, ajudou a reduzir abusos — quando um direito vira lei, ele precisa ser respeitado, inclusive pelas empresas. Mas ele reforça: só a lei não basta. O papel das empresas também é fundamental.

“A gente vê campanhas no mês do orgulho, mas o compromisso com a diversidade precisa aparecer no dia a dia. Diversidade não é só marketing”, diz o dirigente. Para ele, é preciso ir além: contratar, incluir, capacitar e proteger. “A inclusão no mercado de trabalho é um passo importante no combate à violência.”

Um olhar mais aberto

Walmir destaca que, aos poucos, a sociedade tem mudado. A legislação e as políticas públicas ajudam a naturalizar a diversidade — especialmente entre os mais jovens. “Hoje, é mais comum ver jovens falando abertamente sobre sua sexualidade. Mas isso ainda não se reflete em todos os espaços. A violência segue presente nas famílias, nas ruas e em muitos ambientes de trabalho.”

Ele vê com esperança as conferências LGBTQIA+ que estão sendo realizadas em todo o país. “Mesmo sem garantias de que tudo será implementado, elas são espaços importantes para escuta, levantamento de dados e construção de políticas públicas eficazes.”

Empresas e inclusão: do discurso à prática

As conferências também mostram como o mundo do trabalho ainda precisa evoluir. “Queremos saber se o nome social está sendo respeitado, se há espaço para crescer, se os direitos dos companheiros e companheiras são garantidos.”

Para ele, promover a inclusão também é um processo educativo. “É preciso paciência, orientação e, acima de tudo, compromisso com a mudança cultural. Quando uma empresa contrata com base em competência, ela tem muito a ganhar.”

Panorama do mercado de trabalho

Alguns dados mostram o tamanho do desafio:

  • Desemprego e informalidade:

90% das pessoas trans estão no subemprego ou na prostituição (ANTRA, 2023).

A taxa de desemprego entre pessoas LGBTQIA+ é de 20% — quase o dobro da média nacional (IBGE, 2023).

  • Discriminação em processos seletivos:

53% dos LGBTQIA+ já esconderam sua orientação sexual em entrevistas (FGV/EAESP, 2022).

60% das empresas não têm políticas específicas para incluir pessoas trans (Talento em Transição, 2023).

  • Assédio e exclusão:

38% dos trabalhadores LGBTQIA+ já ouviram piadas preconceituosas no trabalho (Itaú Pride Survey, 2023).

72% das pessoas trans já foram demitidas após se assumirem (Rede Trans Brasil, 2022).

17 de maio: Dia Internacional contra a LGBTQIA+fobia

A data marca um passo importante: em 1990, a homossexualidade deixou de ser considerada uma doença pela OMS. Desde então, o 17 de maio se tornou um símbolo da luta por respeito e direitos.

No Brasil, algumas conquistas são motivo de celebração: o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, a possibilidade de alterar nome e gênero em cartório, e o reconhecimento da LGBTfobia como crime — enquadrada na Lei do Racismo pelo STF.

Além disso, políticas de saúde específicas vêm garantindo mais acesso e dignidade, com ações voltadas para prevenção ao HIV, atendimento especializado, terapias hormonais e cirurgias quando necessárias.

Caminhos para o futuro

“Essa data nos lembra da importância de seguir lutando por respeito, dignidade e oportunidades iguais”, conclui Walmir. Ele reforça que a atuação da CUT, por meio da secretaria e do coletivo LGBTQIA+, tem levado essa pauta aos sindicatos e às negociações coletivas, para tornar o mundo do trabalho mais inclusivo e democrático.

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