Variedades • 18:24h • 14 de julho de 2025
LX, Temu e AliExpress estão entre os sites que mais geram desconfiança no Brasil
Pesquisa mostra que golpes digitais em redes sociais e sites falsos afetam a imagem de grandes marcas, exigindo ações mais transparentes e preventivas
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Branddi | Foto: Divulgação

Uma pesquisa recente da Branddi, especialista em proteção de marcas no ambiente digital, jogou luz sobre um problema crescente para consumidores e empresas: a desconfiança em relação a compras online. O levantamento revelou que os e-commerces e marketplaces que mais geram desconfiança entre os brasileiros são a OLX (50%), a Temu (36%) e o AliExpress (29%), seguidos por Shoppe (29%) e Mercado Livre (28%).
O estudo também identificou os golpes mais comuns em círculos sociais: anúncios falsos em redes sociais (71%), sites que imitam lojas oficiais (60%) e e-mails ou mensagens que levam a portais piratas (52%). Esses crimes se aproveitam da imagem de marcas reconhecidas para enganar consumidores com ofertas irreais, prática que configura concorrência desleal.
Para o Procon, a situação exige atenção redobrada. O órgão vem alertando para o aumento no uso de perfis falsos e recursos de inteligência artificial para criar campanhas fraudulentas muito parecidas com as originais, enganando o consumidor com preços bem abaixo do mercado ou condições muito vantajosas.
Pesquisa revela os marketplaces que mais geram desconfiança no Brasil | Arte: Branddi
Diego Daminelli, CEO da Branddi, explica que o impacto não recai apenas sobre as vítimas dos golpes, mas também atinge a reputação das marcas. “Quando uma marca é usada em um golpe, o cliente afetado geralmente associa essa experiência negativa à própria empresa, ainda que ela não tenha sido responsável pela fraude. Por isso, cuidar da presença digital vai além de uma questão técnica: é uma estratégia essencial de gestão da reputação e de confiança”, afirma.
A pesquisa também revelou que consumidores não fecham completamente as portas para marcas envolvidas em fraudes, desde que elas adotem medidas claras de proteção e comunicação. Para 53% dos entrevistados, exibir medidas visíveis de proteção no site aumentaria a confiança. Outros 42% esperam um posicionamento público da marca, e 42% valorizam a comunicação clara sobre fraudes nos canais oficiais.
Segundo Daminelli, esperar o problema acontecer não é mais uma opção. “Hoje, o consumidor espera que as empresas estejam atentas, comuniquem riscos e atuem de forma preventiva. Assumir um papel educativo e orientador nos canais próprios fortalece o vínculo de confiança com o cliente”, completa.
O estudo entrevistou 500 brasileiros de todas as regiões, com idade a partir de 18 anos e diferentes classes sociais, e foi realizado em 12 de junho de 2025 por meio de uma plataforma online.
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