Saúde • 07:31h • 19 de agosto de 2025
Maus hábitos de higiene ainda facilitam doenças evitáveis
De atitudes simples à conscientização coletiva, como a higiene pessoal e ambiental pode prevenir infecções e proteger a saúde no dia a dia
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

Lavar as mãos, escovar os dentes e higienizar bem os alimentos antes de consumi-los. Esses gestos básicos, muitas vezes esquecidos, continuam sendo a principal barreira contra doenças infecciosas que afetam milhões de pessoas. Especialistas reforçam que a prevenção começa com a rotina diária de cuidados pessoais e ambientais.
A infectologista Michelle Zicker, do São Cristóvão Saúde, explica que a higiene pessoal deve ser encarada como um pilar da saúde pública. Lavar as mãos antes das refeições, ao chegar em casa, após usar o banheiro ou manipular lixo e dinheiro, é uma atitude simples que reduz significativamente os riscos de contaminação. Durante a pandemia de COVID-19, esse cuidado foi amplamente adotado, mas, segundo a médica, houve queda na adesão com o passar do tempo.
Maus hábitos de limpeza favorecem surtos e complicações de saúde
As consequências da falta de higiene aparecem em doenças comuns e evitáveis, como gastroenterites, infecções urinárias, infecções de pele, cáries e abscessos dentários. Ambientes de grande circulação de pessoas, como escolas, escritórios, academias e transportes públicos, exigem ainda mais atenção. Ventilação adequada, limpeza frequente de superfícies e uso de máscara por pessoas com sintomas respiratórios são medidas eficazes para reduzir surtos.
Grupos vulneráveis, como idosos, gestantes, imunossuprimidos e pessoas com doenças crônicas, devem redobrar os cuidados. A higienização das mãos ao preparar alimentos, a limpeza das pias, bancadas, tábuas e banheiros são pontos críticos dentro das residências. Por outro lado, o excesso de produtos também preocupa. Misturas de substâncias químicas e o uso indiscriminado de antibacterianos podem causar intoxicações, irritações e até favorecer o surgimento de superbactérias.
Falta de limpeza aumenta risco de doenças comuns e preveníveis; Higiene básica ainda é o maior aliado contra infecções do dia a dia
Outro alerta é o impacto do uso exagerado de desinfetantes potentes, que pode eliminar bactérias benéficas responsáveis pelo equilíbrio natural do corpo e do ambiente, facilitando o aparecimento de alergias e doenças autoimunes. “Não é necessário obsessão com limpeza, mas sim rotina e cuidado nos pontos certos”, ressalta a infectologista.
A especialista também destaca que a conscientização deve ir além do ambiente doméstico. Campanhas públicas, inclusão de práticas de higiene no currículo escolar e investimentos em saneamento básico são medidas fundamentais para reduzir o impacto das doenças evitáveis no país. Garantir condições mínimas de acesso à água potável e promover educação em saúde são passos indispensáveis para a prevenção a longo prazo.
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