Mundo • 08:08h • 26 de novembro de 2024
Mercosul não é bom para o Carrefour na França? Agronegócio brasileiro reage
Em resposta às declarações do CEO do Carrefour, entidades do agronegócio reafirmam compromisso com a produção sustentável e de qualidade, defendendo a excelência das carnes do Mercosul
Da Redação | Com informações da Abiec | Foto: Divulgação

O agronegócio brasileiro se uniu para manifestar repúdio às declarações de Alexandre Bompard, CEO Global do Grupo Carrefour, que afirmou que a rede de supermercados não compraria mais carnes do Mercosul para suas lojas na França. Em uma nota de repúdio assinada por importantes entidades do setor, como a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), a ABIEC (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), entre outras, as organizações destacaram a qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar da produção do Mercosul.
A nota ressalta que a produção de carne do bloco econômico sulamericano chega a mais de 160 países, incluindo os mercados mais exigentes, como Estados Unidos, União Europeia, Japão e China. “Se o CEO Global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, entende que o Mercosul não é fornecedor à altura do mercado francês, as entidades abaixo assinadas consideram que, se não serve para abastecer o Carrefour no mercado francês, não serve para abastecer o Carrefour em nenhum outro país”, afirmam as entidades em resposta.
A produção de carne no Brasil é reconhecida mundialmente pela qualidade e pelos rigorosos controles sanitários e ambientais. As empresas do Mercosul, que incluem importantes produtores de carne bovina, frango e suína, são auditadas periodicamente por diversas organizações internacionais, e são certificadas conforme as normas de segurança alimentar. Além disso, as práticas sustentáveis adotadas pelo Brasil têm sido cada vez mais reconhecidas, com um número crescente de áreas dedicadas à preservação ambiental.
Entidades do agronegócio também reforçaram que o Brasil preserva mais de 282,8 milhões de hectares de vegetação nativa, representando 33,2% do território nacional, o que é mais do que o dobro da área destinada à preservação ambiental na França. Este dado é um ponto central na defesa da produção brasileira, que continua a ser uma referência mundial em termos de segurança alimentar e práticas sustentáveis.
O agronegócio brasileiro vê a exclusão das carnes do Mercosul pelo Carrefour como uma decisão protecionista, que prejudica a colaboração internacional e o acesso dos consumidores à produção de alta qualidade e sustentável. As entidades assinam a nota reafirmando o compromisso com a produção responsável, sustentável e com a segurança alimentar, e defendem que tal postura do Carrefour não reflete os valores do livre mercado.
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