Responsabilidade Social • 09:34h • 12 de agosto de 2025
Microclima de regiões ribeirinhas revela progresso na recuperação de florestas
Método baseado em medições realizadas por drones indica que a umidade do ar aumenta quando cobertura vegetal está mais desenvolvida
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Bruno Moreira Felippe

Pesquisadores da Esalq/USP, em Piracicaba, desenvolveram um método para avaliar a recuperação de florestas em áreas ribeirinhas usando drones para medir temperatura e umidade do ar. A técnica relaciona o microclima, o clima específico de pequenas áreas, com características da vegetação local.
O estudo, publicado na revista Science of The Total Environment, mostrou que florestas mais maduras apresentam maior umidade e menor demanda hídrica da atmosfera, além de árvores mais altas. Essas medições permitem identificar áreas estratégicas para restauração com base nas condições microclimáticas.
A pesquisa foi realizada no Vale do Paraíba (SP), em florestas da Mata Atlântica em diferentes estágios de regeneração. Drones coletaram dados de temperatura e umidade para calcular o déficit de pressão de vapor (DPV), indicador que revela a relação entre a umidade presente e a máxima possível na atmosfera. Quanto menor o DPV, mais úmido é o ambiente, o que favorece a biodiversidade.
Segundo o engenheiro florestal Bruno Moreira Felippe, o método é simples e de baixo custo, podendo apoiar políticas públicas e programas de pagamento por serviços ambientais. Ele também pode ser usado junto a outros indicadores, como diversidade de espécies vegetais e qualidade da água, para medir a saúde dos ecossistemas.
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