Responsabilidade Social • 10:00h • 29 de julho de 2024
Misoginia na internet: mulheres são vítimas de ataques e violações de direitos
Crime de ódio cresce nas redes sociais e Governo Federal desenvolve ações para proteção das mulheres
Da Redação | Com informações do MDH | Foto: Divulgação

Em um cenário digital cada vez mais hostil, a misoginia tem se destacado como uma das formas mais crescentes de crime de ódio. Entre 2017 e 2022, os ataques contra mulheres na internet aumentaram significativamente, especialmente nas redes sociais. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, juntamente com o Ministério das Mulheres, está desenvolvendo uma série de ações para combater essa violência, incluindo a criação de um Grupo de Trabalho focado na discriminação contra pessoas LGBT no âmbito digital.
A pesquisadora Taiza de Souza Costa Ferreira, doutora da Fiocruz, destaca que a misoginia, caracterizada por discursos de ódio contra mulheres, está intimamente ligada às desigualdades de gênero. "A violência contra a mulher no ambiente digital tem crescido de forma alarmante", afirma. A prática é tão prevalente que, desde 2018, disseminar misoginia na internet é considerado infração penal.
O Governo Federal também lançou o Observatório da Indústria da Desinformação e Violência de Gênero nas Plataformas Digitais, em parceria com o NetLab da UFRJ. A pesquisa revelou que 1.565 anúncios publicitários nas redes sociais foram classificados como problemáticos ou ilegais, indicando a gravidade da situação. A próxima etapa do estudo focará no discurso de ódio no YouTube.
Além das medidas específicas contra a misoginia online, o Governo Federal retomou o Programa Mulher Viver sem Violência em 2023, integrando serviços de saúde, justiça, segurança pública e assistência social. O programa inclui iniciativas como o Ligue 180, um serviço gratuito de atendimento 24 horas, e a Casa da Mulher Brasileira, que oferece atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência.
O combate à misoginia e à violência de gênero é uma prioridade nacional, com ações contínuas para garantir a proteção e os direitos das mulheres. Acesse e conheça o site "Ódio ou Opinião" para mais informações sobre como identificar e combater discursos de ódio.
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