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Ciência e Tecnologia • 10:27h • 25 de outubro de 2025

Molécula de tarântula amazônica mostra potencial contra fungos resistentes e câncer

Pesquisadores do Instituto Butantan identificaram a rondonina, molécula do sangue da aranha Acanthoscurria rondoniae, capaz de combater fungos resistentes e, em modificações específicas, apresentar efeito antitumoral

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações do Butantan | Foto: Butantan/Governo de SP

Pesquisadores do Instituto Butantan descobriram uma molécula no sangue da aranha Acanthoscurria rondoniae, uma espécie de tarântula da região amazônica, que pode se tornar uma aliada no tratamento de fungos resistentes. Batizada de rondonina, a molécula foi capaz de eliminar fungos do gênero Candida e Trichosporon em testes in vitro e in vivo.
Pesquisadores do Instituto Butantan descobriram uma molécula no sangue da aranha Acanthoscurria rondoniae, uma espécie de tarântula da região amazônica, que pode se tornar uma aliada no tratamento de fungos resistentes. Batizada de rondonina, a molécula foi capaz de eliminar fungos do gênero Candida e Trichosporon em testes in vitro e in vivo.

Pesquisadores do Instituto Butantan descobriram uma molécula no sangue da aranha Acanthoscurria rondoniae, espécie de tarântula da Amazônia, que pode se tornar aliada no combate a fungos resistentes. Batizada de rondonina, a molécula foi capaz de eliminar fungos dos gêneros Candida e Trichosporon em testes laboratoriais e em modelos experimentais, apresentando ação específica sobre os patógenos e baixo risco de toxicidade, segundo estudo publicado na revista In Silico Pharmacology.

A cada ano, infecções fúngicas afetam 6,5 milhões de pessoas no mundo, causando 2,5 milhões de mortes, e a preocupação cresce com o aumento da resistência a medicamentos convencionais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a resistência antimicrobiana vai além das bactérias, reforçando a necessidade de fortalecer respostas globais às infecções fúngicas.

A rondonina vem sendo estudada desde 2012 pelo grupo do pesquisador Pedro Ismael da Silva Junior, do Laboratório de Toxinologia Aplicada do Butantan. Caracterizada pela bióloga Katie Cristina Takeuti Riciluca, a molécula é um fragmento da hemocianina, proteína do sangue da aranha responsável pelo transporte de oxigênio, que atua no sistema de defesa do animal.

Sintetizada em laboratório, a rondonina demonstrou maior eficácia contra fungos unicelulares, como Candida auris, conhecido por sua multirresistência e alta taxa de mortalidade (até 66%) em pacientes internados em UTIs.

Para compreender o mecanismo de ação, os cientistas utilizaram biologia computacional para simular o encaixe da rondonina com centenas de proteínas fúngicas. Foram identificados dois alvos principais: uma proteína de membrana externa, que permite a entrada da molécula no fungo, e outra associada ao DNA do patógeno, sugerindo que a rondonina atua dentro da célula, impedindo sua replicação e garantindo especificidade ao microrganismo, com baixo risco para células humanas.

O próximo passo do estudo é validar esses alvos em experimentos de bancada, aprimorando o entendimento sobre o funcionamento da molécula. Segundo Elias Jorge Muniz Seif, doutorando do grupo, a abordagem computacional reduz custos, acelera pesquisas e minimiza o uso de animais.

Além da ação antifúngica, pesquisadores investigam fragmentos menores da rondonina para reduzir custos e aumentar a segurança em futuros fármacos. Em estudo recente, a remoção de um único aminoácido gerou o peptídeo RondH, com atividade antitumoral, capaz de reduzir metástases em modelos animais de melanoma.

“A atividade antimicrobiana é apenas a ponta do iceberg. Moléculas seguras com ação antimicrobiana podem apresentar outras atividades terapêuticas relevantes”, afirma Pedro Ismael, com mais de 30 anos de pesquisa na área.

A descoberta ganha relevância frente à crescente resistência antimicrobiana, que provoca cerca de 2 milhões de mortes por ano e pode chegar a 8,2 milhões até 2050, com custos adicionais de US$ 1 trilhão em saúde. A OMS alerta que a resistência surge naturalmente, mas é intensificada pelo uso inadequado de medicamentos em saúde humana e agropecuária, exigindo uma abordagem coordenada entre saúde, produção de alimentos e meio ambiente.

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