Ciência e Tecnologia • 11:00h • 10 de julho de 2024
Monitoramento inteligente: USP lança tecnologia para prever enchentes
Pesquisador explica como a nova patente da USP ajuda no planejamento das autoridades em casos de riscos de inundações
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação

Neste ano, as enchentes no Rio Grande do Sul (RS) causadas pelo grande volume de chuvas resultaram em estragos imensos. Para tentar minimizar o impacto de tragédias como essa, a USP desenvolveu a patente Mecanismo de Monitoramento Remoto de Rios. Este sistema inovador visa alertar autoridades e a população sobre a possibilidade de enchentes.
“A prevenção dessas enchentes requer obras de engenharia para impedir que ocorram. Nosso sistema, no entanto, é projetado para monitoramento, permitindo que, em situações de risco, a população seja alertada e estratégias de contenção de danos sejam acionadas,” explica Caetano Ranieri, pós-doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e Computação da USP São Carlos.
Como funciona
A patente envolve um dispositivo mecânico, um painel instalado na parede de um córrego, que utiliza uma câmera para capturar imagens e reconhecer a altura do rio com base no painel. Este sistema está conectado a uma rede móvel de monitoramento remoto, permitindo que autoridades, como a Defesa Civil, possam agir rapidamente se o nível do córrego subir abruptamente.
Ranieri destaca que o baixo custo de implementação e manutenção é um ponto forte deste sistema, especialmente quando comparado a outros métodos de monitoramento, como os sensores de pressão e ultrassônicos, que são mais caros e difíceis de manter.
Diferenciais do sistema
O painel desenvolvido por Ranieri inclui microperfurações que permitem o acúmulo de detritos e impurezas, ajudando a identificar as áreas que têm mais contato com a água. Isso melhora o modelo de comportamento do córrego.
“A ideia é aproveitar o comportamento natural do rio para modelar melhor o painel. Existem outras soluções de visão computacional para medir o nível de água, mas nosso sistema se diferencia ao considerar a modelagem natural do curso de água, graças às microperfurações,” ressalta Ranieri.
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