Cidades • 13:51h • 19 de junho de 2025
Movimento antimanicomial mobiliza Assis com ações culturais e rodas de conversa sobre saúde mental
Programação organizada pelo Coletivo 18 e Secretaria de Saúde promoveu debates, oficinas e apresentações para combater o estigma e ampliar a consciência social sobre o tema
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Divulgação

Entre os dias 14 e 23 de maio, Assis foi palco de uma intensa programação voltada à reflexão sobre a saúde mental e os direitos das pessoas em sofrimento psíquico. Com o tema “Cuidado em liberdade é tratamento com dignidade”, a Semana da Luta Antimanicomial reuniu diversas ações promovidas pelo Coletivo 18 em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
O movimento buscou mobilizar a comunidade assisense para discutir a importância de um cuidado em saúde mental que seja feito em liberdade, com dignidade e integração comunitária. A proposta central foi desconstruir preconceitos ainda enraizados na sociedade sobre os serviços de saúde mental, principalmente os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), e reafirmar o compromisso com práticas que respeitem os direitos humanos.
Diversidade na organização e nas atividades
O Coletivo 18, criado em 2018, é formado por uma rede plural de entidades e movimentos sociais. Em 2025, participaram da mobilização:
- CIRCUS - Circuito de Interação de Redes Sociais
- CRP - Conselho Regional de Psicologia
- Ponto de Cultura Galpão Cultural
- Unesp Assis - Liga Interdisciplinar de Saúde (LINTER), Psicorracializada e Departamento de Psicologia
- Pirassis - Associação de Usuários, Amigos e Familiares da Saúde Mental
- Banda Loko na Boa
- Secretaria de Saúde - com os serviços do Consultório na Rua, CAPS Abílio Costa-Rosa, CAPS Ruy Souza Dias e CAPS Canarinho
- Rede Trans de Assis
- Coletivo 220
A programação contou com Feira de Economia Solidária, rodas de conversa, formações educativas e apresentações artísticas, além de ações nas ruas e espaços culturais, fortalecendo o diálogo com diferentes públicos da cidade.
Cuidado em liberdade: um direito que precisa ser respeitado
O foco das atividades foi destacar que a saúde mental precisa ser tratada com acolhimento, escuta qualificada e inclusão, e não com isolamento ou práticas que reforcem o sofrimento. Em Assis, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é composta por equipes multiprofissionais com psicólogos, assistentes sociais, educadores sociais, psiquiatra, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, entre outros profissionais que atuam na construção de Projetos Terapêuticos Singulares (PTS), desenhados de acordo com a realidade de cada usuário.
A metodologia aplicada nos serviços, especialmente nos CAPS, inclui sessões terapêuticas, oficinas culturais, cuidado clínico, atenção psicossocial e medicação quando necessário, tudo de forma integrada e personalizada.
O movimento antimanicomial em Assis reforça que, mesmo após avanços significativos nas políticas públicas de saúde mental no Brasil, ainda existem contextos em que práticas excludentes e estigmatizantes persistem. Por isso, a conscientização social continua sendo uma prioridade, com ações como a Semana da Luta Antimanicomial, que amplia o debate e fortalece a defesa de direitos.
Convite à participação social
O Coletivo 18 convida toda a comunidade de Assis a participar das próximas ações e discussões voltadas para a construção de uma sociedade mais justa, acolhedora e comprometida com os direitos das pessoas em sofrimento psíquico. Leia mais aqui.
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