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Responsabilidade Social • 14:39h • 18 de setembro de 2025

Mudanças climáticas ameaçam os recifes de coral do Brasil

Segundo relatório do Simaclim, 84% desses ecossistemas foram afetados. Esse estudo será base para a criação de políticas públicas e ações estratégicas de preservação ambiental

Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Gov | Foto: Arquivo Âncora1

Além de abrigar 25% das espécies marinhas, os recifes têm papel fundamental no equilíbrio climático e ecológico e funcionam como barreiras naturais, formando uma proteção contra as tempestades e a erosão costeira.
Além de abrigar 25% das espécies marinhas, os recifes têm papel fundamental no equilíbrio climático e ecológico e funcionam como barreiras naturais, formando uma proteção contra as tempestades e a erosão costeira.

Os recifes de coral, um dos principais ecossistemas marinhos do planeta, estão em risco no Brasil. De acordo com o relatório síntese Branqueamento de Corais e Mudanças Climáticas, a região Nordeste e as Ilhas Oceânicas foram afetadas, com taxas próximas ou superiores a 90% de branqueamento de corais, causando danos severos à biodiversidade.

Além de abrigar 25% das espécies marinhas, os recifes têm papel fundamental no equilíbrio climático e ecológico e funcionam como barreiras naturais, formando uma proteção contra as tempestades e a erosão costeira. O estudo foi divulgado pelo Centro de Síntese de Mudanças Ambientais e Climáticas ( Simaclim ), projeto financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O branqueamento ocorre quando os corais, sob estresse devido ao calor intenso, expulsam as algas que lhes fornecem cor e alimento. Sem as algas, eles perdem energia e ficam fracos, o que pode levá-los à morte, particularmente no caso de espécies mais sensíveis. Diante da magnitude deste impacto, a biodiversidade e a vida marinha estão sob risco severo. De acordo com os dados do estudo, 99,9% das áreas de recifes no Oceano Atlântico sofreram estresse térmico de janeiro de 2023 a março de 2025.

Em 2024, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos anunciou o quarto evento global de branqueamento em massa de corais desde o primeiro registrado em 1998, com impactos expressivos nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico. De janeiro de 2023 a março de 2025, 84% dos recifes do mundo foram afetados.

Estudos como esse são essenciais para transformar o conhecimento científico em ação prática, colaborando com a criação de políticas públicas eficientes para proteger o ecossistema. A ciência é uma base para fundamentar as decisões e ações estratégicas para a aplicação de medidas ambientais sustentáveis.

Mudanças climáticas

Mudanças climáticas causaram o aumento do nível do mar, a acidificação e a perda de oxigênio. Com o aquecimento acelerado dos oceanos, as projeções apontam que a maioria dos recifes de coral vai sofrer branqueamento severo entre 2040 e 2050.

A autora-coordenadora do relatório e professora na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Beatrice Padovani, destaca que os recifes que estão perto da costa “já sofrem com os impactos de origem terrestre, como de sedimentação e poluição”, acrescentando que, perante o cenário atual, “os esforços devem ser redobrados para garantir a resiliência desses ecossistemas”.

No Brasil, presume-se que cerca de 1 milhão de pescadores artesanais produzem metade da produção pesqueira do País. Eles dependem dos recifes de coral, dos manguezais, das pradarias marinhas e de todos os ecossistemas fundamentais para manter a produtividade em águas tropicais.

A segurança alimentar e a estabilidade econômica e cultural das comunidades costeiras são impactadas diretamente com os efeitos da mudança climática que afetam a saúde dos recifes. Além disso, os recifes de coral geram até R$ 167 bilhões para o Brasil por meio de serviços de proteção costeira e turismo.

Principais iniciativas

O relatório indica que é essencial reforçar os dados com pesquisas mais abrangentes e de longo prazo, além de ampliar os sistemas de monitoramento aprimorados, tornar as análises mais organizadas e consistentes e integrar ciência, comunidades locais e políticas públicas.

“A necessidade de criação e implementação de áreas marinhas protegidas em áreas estratégicas, bem como o aumento da efetividade das já existentes, é mais do que urgente. Elas não só vão resgatar a capacidade do oceano, mas, principalmente, poder propiciar áreas com maior resiliência para enfrentar as mudanças do clima”, declara a autora-coordenadora do relatório e diretora do Departamento de Oceano e Gestão Costeira ( DOceano ), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima (MMA), Ana Paula Leite Prates.

A pesquisa aponta medidas necessárias para reduzir as mudanças climáticas e proteger os recifes de corais:

  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa

  • Criar e manter leis ambientais responsáveis

  • Colocar em prática projetos que recuperem os recifes e fortaleçam o ecossistema

  • Adotar o uso de soluções baseadas na natureza, como a recuperação de habitats marinhos, para armazenar o carbono, contribuindo com a redução do efeito do aquecimento global

  • Reduzir poluição e pesca excessiva, que enfraquecem a resiliência dos recifes

O levantamento conclui que é fundamental fortalecer as instituições ambientais e a atuação de programas de restauração e educação ambiental. De acordo com informações do documento, o Brasil já participa de iniciativas globais e leva a importância dos oceanos para discussões internacionais. No entanto, destaca o relatório, é necessário que haja mais investimentos em pesquisas e criação de políticas públicas efetivas e abrangentes para proteger e restaurar essas áreas.

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