Responsabilidade Social • 16:39h • 07 de agosto de 2025
Mudanças de humor, apatia e dores constantes podem indicar depressão em idosos
Mesmo comum na terceira idade, depressão ainda é subdiagnosticada; especialistas alertam para sintomas sutis e reforçam importância da rede de apoio
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

A terceira idade é um período que carrega experiências valiosas e aprendizados de vida. No entanto, também pode ser marcada por perdas, mudanças na rotina e isolamento social — fatores que contribuem para o surgimento de transtornos mentais, como a depressão. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que essa condição atinge 10,2% da população adulta brasileira, com maior incidência entre idosos de 60 a 64 anos (13,2%).
Apesar da alta prevalência, a depressão em idosos ainda é frequentemente ignorada ou confundida com sinais naturais do envelhecimento. O psiquiatra Thiago Lemos de Morais destaca que sintomas como cansaço persistente, irritabilidade, apatia, alterações no sono e no apetite, queixas físicas sem explicação clínica e até isolamento social são alertas importantes. “Nem toda tristeza é depressão, mas a persistência desses comportamentos interfere na qualidade de vida e não pode ser ignorada”, reforça.
Além disso, problemas de memória e concentração muitas vezes são atribuídos ao avanço da idade, quando podem estar ligados a quadros depressivos. O especialista alerta que a depressão não tratada pode agravar doenças crônicas, aumentar o risco de quedas e até mesmo levar ao suicídio. A escuta ativa e o acolhimento por parte da família e dos cuidadores são essenciais para a identificação precoce do problema.
Diante de qualquer suspeita, é fundamental buscar ajuda profissional com psicólogos ou psiquiatras. O tratamento pode incluir psicoterapia, medicação, atividades físicas adaptadas, oficinas terapêuticas e, principalmente, a presença de uma rede de apoio. “Estar presente, respeitar o tempo do idoso e criar rotinas com propósito são atitudes que ajudam na recuperação e fortalecem os vínculos sociais”, orienta o psiquiatra.
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