Variedades • 18:43h • 07 de agosto de 2025
Mulheres lideram interesse por estética, mas custo alto ainda afasta 82% delas dos procedimentos
Estudo nacional revela barreiras de acesso no mercado de estética e aponta oportunidades para clínicas que investirem em acessibilidade, confiança e informação
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da NB Press | Foto: Divulgação

Apesar de liderarem o interesse no mercado de estética no Brasil, a maioria das mulheres ainda não realizou nenhum procedimento estético. É o que mostra uma pesquisa inédita da Behavior Insights & Brazil Panels, feita entre os dias 3 e 25 de março de 2025 com 931 pessoas. O estudo aponta que 72% do público interessado em estética é feminino, mas 82,2% dessas mulheres nunca passaram por tratamentos. O principal motivo é o custo elevado, citado por 66,9% das entrevistadas como o maior empecilho.
A discrepância entre o desejo e a prática é ainda mais evidente quando observadas as diferentes classes sociais. Apenas 4% das mulheres da classe A nunca realizaram procedimentos estéticos. Já na classe C, esse número sobe drasticamente para 67%. “Os dados mostram um mercado com alto potencial, mas limitado por barreiras financeiras e de informação”, analisa Claudio Vasques, CEO da Brazil Panels.
A faixa etária mais interessada nos procedimentos é de 45 a 54 anos (30,2%), seguida pelo grupo de 35 a 44 anos (22,3%). Ainda assim, 78,5% de todos os entrevistados nunca sequer procuraram uma clínica estética. Além do preço, outros motivos apontados foram a falta de interesse (23,9%), preocupações com segurança (18,5%) e medo dos procedimentos (14,9%). Entre os atrativos que poderiam incentivar o público, destacam-se preços mais acessíveis (29,4%), informações claras sobre segurança (22,2%) e a oferta de consultas gratuitas (19,4%).
Apesar das barreiras, a percepção sobre clínicas de estética é amplamente positiva: 86,5% consideram o setor confiável, sendo 34,5% com avaliação “muito positiva”. No entanto, o público com 65 anos ou mais tem menor taxa de satisfação (72,7%), o que revela uma oportunidade para campanhas e serviços voltados à terceira idade. Outro dado relevante é que 59% dizem confiar muito nas clínicas, mas apenas 17% confiam com a mesma intensidade nos profissionais individualmente.
Para os especialistas, o cenário aponta para um mercado que precisa se tornar mais acessível e transparente. A autoestima, segundo 57,5% dos entrevistados que já passaram por procedimentos, melhora de forma “muito positiva” após os tratamentos. A comunicação também tem papel importante: Instagram (43%) e WhatsApp (34,5%) lideram como canais preferidos para obter informações sobre estética. “Quando as pessoas entendem o valor, a segurança e o custo-benefício, o mercado de estética se fortalece”, conclui Vasques.
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