• Habemus Papam: Fumaça branca marca a escolha do novo Papa na 2ª votação
  • Missas especiais no domingo celebram o Dia das Mães no Cemitério da Saudade em Assis
  • Assis realiza ação de prevenção ao câncer de ovário nesta quinta-feira; confira os detalhes e horários
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 10:11h • 20 de fevereiro de 2025

Nenhum país eliminou desigualdade entre homens e mulheres, diz ONU

Especialista afirma que orçamento é o principal obstáculo

Agência Brasil | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Ela ressaltou ainda que o tema precisa se tornar uma política de Estado, que não esteja sujeita às alternâncias de governo.
Ela ressaltou ainda que o tema precisa se tornar uma política de Estado, que não esteja sujeita às alternâncias de governo.

Trinta anos após a Declaração de Pequim, nenhum país conseguiu eliminar completamente as desigualdades de gênero ou implementar integralmente as medidas previstas no compromisso internacional. Segundo a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas dedicada ao empoderamento feminino e à igualdade de gênero, 189 países, incluindo o Brasil, comprometeram-se, em 1995, a reduzir essas disparidades.

“Nenhum país do mundo alcançou a plena igualdade de gênero, nem mesmo os mais avançados nesse quesito”, afirmou Ana Carolina Querino, representante interina da ONU Mulheres no Brasil.

De acordo com Ana Carolina, a principal barreira para o avanço das políticas de igualdade de gênero é a falta de financiamento adequado.

“A grande questão é o orçamento. Não basta ter políticas e estruturas sem os recursos necessários para sustentá-las, sejam financeiros ou humanos”, destacou. Ela também ressaltou que a igualdade de gênero precisa ser uma política de Estado, garantindo continuidade independentemente das mudanças de governo.

Ana Carolina participou do lançamento do relatório "Revisão de Políticas Públicas para Equidade de Gênero e Direitos das Mulheres", elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O documento reúne iniciativas, programas e auditorias realizadas no Brasil ao longo das últimas três décadas para assegurar os direitos das mulheres.

O relatório, apresentado em um webinário no canal do TCU no YouTube, faz parte do monitoramento da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim no Brasil. Esse marco global definiu um plano de ação com 12 áreas prioritárias, incluindo educação, saúde, meio ambiente, combate à violência contra a mulher e participação feminina no poder.

Desafios no Brasil

O relatório do TCU aponta que o Brasil possui um arcabouço legal abrangente, incluindo convenções internacionais ratificadas, além de dispositivos constitucionais e infraconstitucionais para garantir os direitos das mulheres. No entanto, desafios persistem na implementação e no monitoramento dessas políticas.

A continuidade das políticas públicas, a produção de dados sobre desigualdade de gênero e o financiamento adequado são questões centrais. O documento destaca que, em 2022, a alocação de recursos federais para o enfrentamento da violência contra a mulher foi a menor dos últimos anos. Entre 2019 e 2022, dos R$ 68,22 milhões autorizados, apenas R$ 35,34 milhões (51,8%) foram efetivamente executados. Em 2022, dos R$ 950 mil destinados, nenhum recurso foi liquidado.

O TCU ressalta como avanço a criação do Ministério das Mulheres, em 2023, pois as políticas de gênero envolvem diversas áreas como educação, saúde e segurança, demandando um órgão central para coordená-las. Antes, essa responsabilidade era atribuída a ministérios mais amplos, como o dos Direitos Humanos.

A assessora especial do Ministério das Mulheres, Isís Taboas, alertou sobre a necessidade de garantir que direitos conquistados não retrocedam em meio a crises ideológicas.

“Trinta anos após Pequim, enfrentamos discursos que questionam a igualdade entre homens e mulheres e a presença feminina nos espaços de poder. Não podemos permitir retrocessos e, mais do que isso, precisamos avançar rapidamente”, afirmou.

Desigualdade de gênero no Brasil

As mulheres representam 51,2% da população brasileira, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do IBGE de 2024. Ainda assim, desigualdades persistem em diversas áreas, como trabalho, política, educação e renda.

No ranking do Global Gender Report, que avalia a disparidade salarial entre homens e mulheres em 146 países, o Brasil ocupa a 117ª posição. Segundo a Pnad de 2019, as mulheres ganham, em média, 77,7% da renda dos homens.

O país também está em 94º lugar entre 191 países no Índice de Desigualdade de Gênero (GII), do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Esse indicador mede desigualdades em saúde reprodutiva, capacitação e mercado de trabalho.

No Global Gender Gap Index, do Fórum Econômico Mundial, o Brasil ocupa as seguintes posições em 146 países: 94º em participação e oportunidade econômica, 85º em educação, 85º em saúde e 104º em empoderamento político.

O Pnud destaca que garantir a igualdade de gênero não é apenas uma questão de direitos humanos, mas também essencial para o desenvolvimento sustentável. O empoderamento feminino tem um efeito multiplicador, contribuindo para o crescimento econômico global.



Últimas Notícias

Descrição da imagem

Mundo • 14:33h • 08 de maio de 2025

Estudo da Unicamp mostra que quase 21 milhões de trabalhadores estão em sobrejornada

Economista da Unicamp, Marilane Teixeira, diz que fim da escala 6 x 1 e redução de jornada se complementam e que empresas não terão prejuízos com a aprovação dessas medidas

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 13:24h • 08 de maio de 2025

Nova lei garante nutrição adequada e terapia nutricional a pessoas com transtorno do espectro autista

Assinada também pela ministra Macaé Evaristo, expectativa é que a norma contribua para a melhoria dos protocolos de atendimento nos serviços públicos de saúde nestes casos

Descrição da imagem

Mundo • 13:08h • 08 de maio de 2025

Habemus Papam: Fumaça branca marca a escolha do novo Papa na 2ª votação

Em um momento histórico, a Capela Sistina anunciou com fumaça branca a escolha do novo Papa já na segunda votação do conclave, marcando a virada na sucessão de Francisco

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 13:02h • 08 de maio de 2025

Edição Especial: Feira da Lua traz arte, cultura e música boa para Maracaí nesta quinta-feira

Com apresentação musical, feira multicultural e food trucks, evento será realizado a partir das 18h, atrás da Praça da Matriz, em Maracaí

Descrição da imagem

Cidades • 12:42h • 08 de maio de 2025

Tiro de Guerra de Assis recebe palestra sobre segurança viária no lançamento do Maio Amarelo

Agentes de Trânsito promovem conscientização sobre prevenção de acidentes e responsabilidade no trânsito

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 12:10h • 08 de maio de 2025

Oficina gratuita de fotografia pinhole oferece uma experiência analógica única; inscrições estão abertas

Evento oferece experiência única de construção de câmeras e revelação artesanal de imagens no laboratório da FEMA

Descrição da imagem

Esporte • 11:50h • 08 de maio de 2025

Apoio ao esporte local: Basquete profissional volta a Assis e busca patrocinadores para nova temporada

Projeto revitalizado promete fortalecer o esporte e oferecer grandes oportunidades de visibilidade para marcas e empresas

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 11:19h • 08 de maio de 2025

Álcool e direção: Detran-SP quer fiscalizar 70 mil motoristas no Maio Amarelo 2025

Mês dedicado à conscientização por trânsito mais seguro deve contar com 97 operações de combate à alcoolemia em todo o estado, aumento de 42% em relação a 2024

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?