Ciência e Tecnologia • 11:15h • 03 de junho de 2024
Nova esperança no combate ao câncer pulmonar agressivo descoberta por pesquisadores da USP
Estudos sobre a proteína mesotelina revelam potencial terapêutico significativo contra o mesotelioma pleural maligno
Da Redação | Com informações do Governo de SP | Foto: Divulgação

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) têm investigado a eficácia de um biomarcador chamado mesotelina no tratamento de um dos tipos de câncer pulmonar mais agressivos, o mesotelioma pleural maligno.
Esse tumor, que costuma desenvolver-se após longos períodos de exposição ao amianto, apresenta desafios significativos devido à sua alta agressividade e resistência a tratamentos convencionais.
A professora Vera Luiza Capelozzi, do Departamento de Patologia da FMUSP e uma das autoras da pesquisa, destaca a importância do estudo dessa proteína. Segundo ela, a mesotelina não só ajuda a prever a mortalidade entre os pacientes, mas também oferece novas possibilidades terapêuticas ao modificar o microambiente tumoral, favorecendo a ação do sistema imunológico.
O estudo analisou 82 casos de pacientes com histórico de exposição ao asbesto, demonstrando que mais de 70% deles apresentavam a mesotelina ativa. Isso sugere que a intervenção nesse marcador pode reforçar a resposta imune, especialmente por meio de linfócitos CD8, conhecidos por sua capacidade de combater células tumorais.
Apesar dos avanços promissores, os desafios permanecem, especialmente devido à rápida progressão da doença, que limita a realização de ensaios clínicos mais extensos. A maioria dos pacientes não sobrevive o suficiente para participar das fases mais avançadas dos estudos, o que complica a obtenção de resultados conclusivos sobre a eficácia do tratamento em estágios mais avançados.
Os pesquisadores da USP continuam dedicados a superar esses obstáculos, esperando que o aprofundamento das investigações sobre a mesotelina possa eventualmente transformar a abordagem terapêutica para o mesotelioma pleural maligno, proporcionando novas esperanças para os pacientes afetados por essa condição severa.
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