• Governo de SP abre concurso para Especialista Contábil na Secretaria da Fazenda e Planejamento
  • Assis e região recebem jogos de futsal, vôlei e basquete neste fim de semana
  • Lua Negra de agosto promete céu mais escuro e observação especial dos astros neste sábado
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 15:58h • 12 de março de 2025

Nove em cada dez agressões contra mulher foram presenciadas por alguém

21,4 milhões de brasileiras sofreram violência no último ano

Agência Brasil | Foto: Freepik

O principal autor das violências contra mulheres foi o cônjuge/companheiro/namorado/marido (40%) e ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (26,8%), o que já foi constatado em pesquisas anteriores do fórum.
O principal autor das violências contra mulheres foi o cônjuge/companheiro/namorado/marido (40%) e ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (26,8%), o que já foi constatado em pesquisas anteriores do fórum.

Nove em cada dez agressões cometidas contra mulheres nos últimos 12 meses, o equivalente a 91,8%, foram testemunhadas por outras pessoas. A maioria (86,7%) pertencente ao círculo social ou à família da vítima.

Apesar disso, quase metade das vítimas (47,4%) decidiu não denunciar o caso nem procurar ajuda de instituições ou de pessoas próximas.

Os dados constam da 5ª edição do relatório Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil, divulgada na segunda-feira (10). O levantamento foi realizado pelo Instituto Datafolha, solicitado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Em relação ao perfil de quem estava presente no momento das agressões, os pesquisadores constataram que 47,3% eram amigos ou conhecidos das vítimas, 27% eram filhos e 12,4% tinham outro grau de parentesco.

Assistir aos episódios de violência, conforme ressaltam os especialistas, é algo que pode ter efeitos duradouros na vida de alguém e que pode originar "distúrbios emocionais, cognitivos e comportamentais, além de contribuir para uma percepção da família como um ambiente inseguro e caótico".

"As evidências científicas também sugerem que crianças que testemunham violência doméstica têm maior probabilidade de serem afetadas pela violência na vida adulta, seja como vítimas ou como agressoras", aponta o relatório.

O levantamento cita ainda que estudos demonstram que testemunhar esse tipo de situação entre os pais pode ser pior do que ser a própria vítima.

Foram entrevistadas 2.007 pessoas com mais de 16 anos de idade, entre homens e mulheres, em 126 municípios. Os questionários foram aplicados de 10 a 14 de fevereiro deste ano.

Agressores

Além de aparecerem como testemunhas das agressões, familiares figuram como agressores em parcela significativa dos casos, o que evidencia que a violência é doméstica e intrafamiliar.

O principal autor das violências contra mulheres foi o cônjuge/companheiro/namorado/marido (40%) e ex-cônjuge/ex-companheiro/ex-namorado (26,8%), o que já foi constatado em pesquisas anteriores do fórum. Pais e mães das vítimas foram os autores de 5,2% dos crimes, padrastos e madrastas de 4,1% deles e filhos e filhas, de 3% das ocorrências.

Violência dentro de casa

Outro aspecto frequente, também notado na pesquisa, diz respeito à preponderância da casa da vítima como local em que a violência é cometida (57%).

No período de análise, as mulheres que se tornaram alvo da violência de gênero sofreram, em média, mais de três tipos diferentes de agressões.

Em maior número, estão as ofensas verbais (31,4%), que abrangem insultos, humilhações e xingamentos. Tal porcentagem cresceu 8 pontos percentuais em relação a dados coletados em 2023.

A quantidade de mulheres atacadas com golpes, tapas, empurrões e chutes apresentou aumento expressivo, atingindo 16,9%, o maior patamar já registrado desde a primeira edição do relatório. Em números absolutos, significa que pelo menos 8,9 milhões de brasileiras sofreram agressão física no último ano.

Uma em cada dez mulheres sofreu abuso sexual e/ou foi forçada a manter relação sexual contra sua vontade (sem consentimento).

A violência sexual é apenas uma das cinco existentes, juntamente com a moral, a psicológica, a patrimonial e a física, e pode acontecer, inclusive, dentro do casamento, quando ocorre o estupro marital.

De acordo com o relatório, 37,5% das mulheres sofreram algum tipo de violência nos últimos 12 meses, o que representa 21,4 milhões de brasileiras de 16 anos ou mais e é a "maior prevalência já identificada, desde 2017".

O que fazer quando uma mulher sofre violência

Em casos de emergência e intervenção imediata, a recomendação é ligar para a Polícia Militar, por meio do 190.

Já Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) fornece diversas informações, como as referentes à aplicação da Lei Maria da Penha e serviços especializados de atendimento, que recebem denúncias de violência. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

É possível fazer a ligação de qualquer parte do Brasil ou via Whatsapp (61) 9610-0180.

O relatório elenca ainda instituições que oferecem serviço de acolhimento a mulheres vítimas de violência. 

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Educação • 14:45h • 23 de agosto de 2025

Gratuito: Alura e Google Gemini abrem 70 mil vagas para imersão sobre agentes de IA

Curso online oferece certificado e será realizado de 9 a 11 de setembro com foco em Python e desenvolvimento prático de agentes inteligentes

Descrição da imagem

Saúde • 14:06h • 23 de agosto de 2025

Brasil mantém controle do sarampo com reforço da vacinação

Apesar de casos importados, país segue sem transmissão sustentada da doença, graças a ações rápidas de bloqueio e à cobertura vacinal

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 13:35h • 23 de agosto de 2025

Do mar para a medicina: algas marinhas podem ajudar a combater o câncer

Pesquisadora aponta como moléculas de algas marinhas podem ajudar no combate ao câncer, no envelhecimento e em novos antibióticos

Descrição da imagem

Mundo • 13:09h • 23 de agosto de 2025

Estado de SP registra 2º mês seguido de recuo nas mortes no trânsito

Julho tem redução de 8,2% no número de óbitos, com destaque para a retração de 10% nas vítimas fatais envolvendo motos; em todo o ano, a queda é de 1,4%

Descrição da imagem

Saúde • 12:34h • 23 de agosto de 2025

Plataformas terão 48h para retirar anúncios de cigarros eletrônicos

Sites notificados têm até dez dias úteis para informar as medidas tomadas

Descrição da imagem

Esporte • 12:10h • 23 de agosto de 2025

Brasil estreia na Copa do Mundo de Rugby XV com participação inédita das Yaras

Seleção feminina faz história ao disputar pela primeira vez o torneio mundial; Brasil encara África do Sul, França e Itália na fase de grupos

Descrição da imagem

Economia • 11:20h • 23 de agosto de 2025

Preço da cesta básica cai em 15 das 27 capitais em julho

Pela primeira vez pesquisa abrangeu todas as capitais e o DF

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 11:03h • 23 de agosto de 2025

A infância em Portinari: por que aproximar crianças da arte brasileira

A arte do pintor brasileiro pode despertar imaginação, afeto e repertório cultural desde a infância

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?