Saúde • 15:51h • 26 de novembro de 2025
Novembro Azul: especialista da USP fala sobre mitos e verdades do câncer de próstata
Urologista Maurício Cordeiro traça um breve panorama da doença e dos tratamentos hoje à disposição, sem esquecer de mencionar a importância dos exames preventivos
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Arquivo Âncora1
A campanha Novembro Azul reforça a importância de prevenir o câncer de próstata, o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Para este ano, a estimativa é de mais de 75 mil novos casos e mais de 17 mil mortes — o equivalente a uma morte a cada 30 a 40 minutos.
O câncer de próstata costuma ser silencioso no início, sem sintomas, o que torna essencial a realização de exames preventivos, como PSA e toque retal. A classificação da doença em baixo, intermediário ou alto risco depende de fatores como nível de PSA, exame clínico, toque retal e resultado da biópsia (classificação de Gleason). Tumores em estágio inicial têm alta chance de cura, superior a 90%.
Segundo o urologista Maurício Cordeiro, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, esperar por sinais como dificuldade para urinar, sangramento, dores na bacia ou na coluna pode significar descobrir um câncer avançado e agressivo. Ele recomenda que homens a partir dos 50 anos — ou dos 45 anos, em caso de fatores de risco, como histórico familiar ou homens negros — façam avaliação anual com PSA e toque retal.
Mitos e verdades
O câncer de próstata não acomete apenas idosos, embora seja mais comum após os 50 anos. Também é incorreto acreditar que só o PSA identifica a doença: muitos casos já foram diagnosticados com PSA normal, mas detectados pelo toque. Os dois exames se complementam.
Os tratamentos podem trazer riscos, especialmente quando envolvem a remoção da glândula (prostatectomia radical) ou radioterapia. Entre as complicações possíveis estão incontinência urinária e disfunção erétil. No entanto, o uso de tecnologias modernas, como a cirurgia robótica, tornou os procedimentos menos invasivos e mais precisos, reduzindo sangramentos, tempo de internação e acelerando a recuperação.
A técnica robótica utiliza pequenas incisões e uma câmera que amplia a visão das estruturas em três dimensões, permitindo maior precisão na preservação de nervos e tecidos. Em casos de impotência persistente, a prótese peniana é uma alternativa disponível.
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