Responsabilidade Social • 09:39h • 16 de novembro de 2025
Novembro Azul Pet alerta tutores sobre a saúde prostática de cães e gatos machos
Especialistas reforçam a importância do diagnóstico precoce, da avaliação urológica e do acompanhamento veterinário
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da CW Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
O Novembro Azul Pet chama a atenção para a saúde masculina de cães e gatos e reforça a importância do diagnóstico precoce de doenças que acometem animais machos, especialmente aqueles não castrados. A campanha, inspirada no movimento humano, orienta tutores a falarem abertamente sobre prevenção, exames e cuidados contínuos com a saúde reprodutiva dos pets.
A docente Fabiana Volkweis, do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário de Brasília, destaca que acompanhar a saúde prostática é fundamental, sobretudo em cães idosos e de grande porte. Segundo a Associação Brasileira de Oncologia Veterinária, o câncer de próstata em cães é raro, presente em cerca de 4 por cento dos animais acima dos sete anos, mas pode chegar a 80% entre machos não castrados. Em gatos, a incidência é ainda menor, inferior a 1% dos tumores malignos registrados na espécie.
Sintomas que exigem atenção do tutor
Em cães mais velhos, problemas como hiperplasia prostática benigna e tumores testiculares ou prostáticos são mais comuns do que se imagina. Muitos animais convivem com dor e desconforto sem demonstrar sinais evidentes. Entre os sintomas que merecem atenção estão sangue na urina, dificuldade para urinar, infecções urinárias recorrentes e desconforto ao evacuar. Para a docente, quanto mais cedo o veterinário for procurado, maior a chance de tratamento eficaz e melhor qualidade de vida.
Quebra de tabu e a importância dos exames
Apesar da relevância do tema, ainda existe resistência entre tutores quando o assunto é exame de próstata. O toque retal, que causa estranhamento para alguns, permanece como método clínico importante para identificar alterações. Além dele, a ultrassonografia abdominal é o principal exame para avaliar a próstata, podendo ser complementada por análises de sangue, urina, tomografia ou ressonância magnética.
Fabiana orienta que cães não castrados iniciem a avaliação urológica por volta dos cinco anos, especialmente os de grande porte, que envelhecem mais rapidamente.
Castrar ou não castrar
A relação entre castração e prevenção de câncer de próstata ainda é estudada pela comunidade científica. A docente explica que os tumores prostáticos não são hormônio-dependentes e que os dados disponíveis ainda são inconclusivos. Embora haja indícios de menor incidência em animais castrados, os casos tendem a ser mais agressivos quando surgem.
A castração precoce também vem sendo revisada por pesquisadores, que observam impactos na saúde óssea quando realizada muito cedo. A recomendação, segundo Fabiana, é avaliar cada caso individualmente, considerando a idade adulta como momento mais adequado para grande parte dos animais.
Tratamentos e cuidados contínuos
Quando o diagnóstico de câncer é confirmado, o tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e alternativas mais recentes, como a imunoterapia. O acompanhamento deve ser realizado por veterinário especializado em oncologia, que definirá a abordagem mais adequada.
No cotidiano, manter alimentação equilibrada, hidratação constante, peso adequado e atividades físicas regulares contribui para a saúde urinária e reprodutiva, além de impactar comportamento e longevidade. Para a docente, prevenção e diagnóstico precoce continuam sendo fatores decisivos para o bem-estar dos animais.
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