Economia • 09:23h • 25 de setembro de 2025
Número de empresas industriais que usam IA cresce 163% em dois anos
Utilização chega a 41,9% das companhias pesquisadas pelo IBGE em 2024
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência Brasil | Foto: Arquivo Âncora1
Em dois anos, o uso de inteligência artificial (IA) na indústria brasileira mais que dobrou, crescendo 163% entre 2022 e 2024. O número de empresas que utilizam a tecnologia passou de 1.619 para 4.261, segundo a Pesquisa de Inovação Semestral (Pintec), divulgada pelo IBGE.
No primeiro semestre de 2024, 41,9% das empresas industriais já faziam uso da IA — percentual bem superior aos 16,9% registrados em 2022. O gerente de pesquisas do IBGE, Flávio José Marques Peixoto, aponta que esse avanço está ligado à popularização das IAs generativas, como o ChatGPT, lançado em 2022 e difundido no ano seguinte.
Além de gerar textos e imagens, outras aplicações de IA também vêm ganhando espaço na indústria: mineração de dados, reconhecimento de fala e imagem, machine learning, automação de processos e até manutenção preditiva, que ajuda a antecipar falhas em máquinas.
O estudo mostra ainda que o uso da tecnologia cresce conforme o porte da empresa: 57,5% das companhias com mais de 500 funcionários já adotam IA, contra 36,1% entre as que têm de 100 a 249 empregados. As áreas de administração (87,9%) e comercialização (75,2%) são as que mais utilizam a ferramenta.
Entre os setores, os que mais aplicam IA são equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (72,3%), máquinas e materiais elétricos (59,3%) e produtos químicos (58%). Já os ramos de fumo (22,9%), couro (20,7%) e manutenção de equipamentos (19,2%) estão entre os que menos utilizam.
Apesar do crescimento da IA, outras tecnologias digitais avançadas são ainda mais comuns: computação em nuvem (77,2%), internet das coisas (50,3%) e robótica (30,5%). No total, 89% das empresas industriais já utilizam pelo menos uma dessas soluções.
A pesquisa aponta que os principais benefícios citados pelas empresas foram aumento da eficiência (90,3%), maior flexibilidade nos processos (89,5%) e melhor relacionamento com clientes e fornecedores (85,6%).
Por outro lado, o alto custo da tecnologia e a falta de profissionais qualificados continuam sendo barreiras importantes. Mais de 78% das empresas que já usam tecnologia digital e 74,3% das que não usam apontaram os custos como principal obstáculo.
O estudo também observou uma queda no teletrabalho na indústria. Em 2022, 47,8% das empresas adotavam o regime; em 2024, o índice recuou para 43%. O modelo é mais presente em companhias maiores e em áreas administrativas, mas menos comum em produção e logística.
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