• Embaixada dos EUA exige perfis abertos em redes sociais para concessão de vistos F, M e J
  • Conheça as áreas da tecnologia que mais contratam mulheres no Brasil em 2025
  • Corpo de Bombeiros de SP cria guia sobre prevenção a incêndios em áreas rurais
Novidades e destaques Novidades e destaques

Responsabilidade Social • 16:10h • 29 de março de 2025

O papel essencial dos farmacêuticos no combate à violência doméstica

Formação de farmacêuticos no Brasil: como o estudo da Austrália pode contribuir para o combate à violência doméstica

Da Redação | Com informações da Universidade de Monash | Foto: Divulgação

A importância de integrar a educação sobre violência doméstica no currículo de farmácia para capacitar os profissionais a identificarem e apoiarem vítimas
A importância de integrar a educação sobre violência doméstica no currículo de farmácia para capacitar os profissionais a identificarem e apoiarem vítimas

A violência doméstica (DV) é um problema global, que afeta milhões de pessoas independentemente de sua idade, sexo, raça ou status socioeconômico. Um estudo recente da Universidade de Monash revelou que os farmacêuticos, que são os prestadores de cuidados de saúde mais acessíveis nas comunidades, estão em uma posição única para identificar sinais de violência doméstica e fornecer apoio às vítimas. No entanto, apesar de sua proximidade com as pessoas afetadas por essa questão, muitos farmacêuticos carecem de treinamento específico para lidar com essas situações delicadas.

A pesquisa, realizada pela Faculdade de Farmácia e Ciências Farmacêuticas da Monash, abordou a importância de integrar a educação sobre violência doméstica no currículo de farmácia. Ao entrevistar educadores de farmácia, os pesquisadores identificaram desafios significativos, como a falta de confiança e o treinamento insuficiente dos profissionais para lidar com a violência doméstica. Além disso, surgiram preocupações éticas e legais sobre o papel dos farmacêuticos ao tratar desse tema.

A importância de capacitar farmacêuticos

Os farmacêuticos são frequentemente os primeiros profissionais de saúde que as vítimas de violência doméstica procuram devido à sua acessibilidade e confiança. No entanto, a falta de conhecimento específico sobre como lidar com a violência doméstica impede muitos profissionais de identificar sinais e fornecer o apoio necessário. Para melhorar essa situação, os entrevistados sugeriram que os alunos de farmácia sejam treinados para reconhecer sinais de violência, saber como encaminhar as vítimas e buscar orientação de profissionais especializados, como assistentes sociais e psicólogos, que podem oferecer suporte adequado.

Os principais autores do estudo, Dr. Harjit Khera e Dr. Suzanne Caliph, destacaram que a integração da educação sobre violência doméstica é mais crucial do que nunca, dado o aumento global dos casos de violência doméstica e seu impacto em outros problemas de saúde, como abuso de substâncias e doenças crônicas. “Os farmacêuticos comunitários têm o potencial de desempenhar um papel significativo na identificação de sinais de violência doméstica, oferecendo suporte e conectando pacientes com os serviços necessários”, afirmou Caliph, coautora e farmacêutica comunitária.

Desafios na implementação e a importância da parceria com especialistas

Apesar do reconhecimento da importância desse treinamento, o estudo revelou que muitos farmacêuticos ainda se sentem desconfortáveis ou mal preparados para lidar com casos de violência doméstica. O Dr. Khera, coautor e professor sênior, sugeriu que a colaboração com especialistas em violência doméstica, como assistentes sociais ou organizações de defesa, pode ser uma forma eficaz de melhorar o treinamento e fornecer uma abordagem mais robusta e integrada.

Além disso, ele defende que, ao integrar profissionais especializados em violência doméstica no processo de educação, os estudantes de farmácia poderiam aprender não apenas teorias, mas também práticas reais de como lidar com essa questão delicada, proporcionando um impacto mais significativo na capacitação dos futuros farmacêuticos.

A necessidade de mais pesquisas

Os autores do estudo enfatizam que, para garantir que os farmacêuticos desempenhem um papel efetivo no apoio às vítimas de violência doméstica, mais pesquisas devem ser feitas para explorar as perspectivas de estudantes de farmácia e dos próprios profissionais da área. A implementação da educação sobre violência doméstica deve ser acompanhada de avaliações a longo prazo sobre como essa formação impacta a prática dos farmacêuticos e os resultados para as vítimas de violência.

“É preciso garantir que a formação em violência doméstica não seja apenas uma parte do currículo acadêmico, mas sim uma competência essencial que os farmacêuticos devem possuir para melhor apoiar as populações vulneráveis”, afirmou Khera. Leia o estudo completo aqui.

Desafios na implementação no Brasil

Apesar do modelo desenvolvido na Monash ser promissor, sua implementação no Brasil enfrenta desafios. O país possui uma diversidade socioeconômica significativa e diferentes realidades nas zonas urbanas e rurais, o que pode dificultar a implementação uniforme dessa educação em farmácias. No entanto, com o apoio de organizações de saúde e políticas públicas voltadas para a saúde mental e o enfrentamento da violência, pode ser possível adaptar o modelo australiano para a realidade do Brasil de forma eficaz.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Política • 14:28h • 24 de agosto de 2025

Embaixada dos EUA exige perfis abertos em redes sociais para concessão de vistos F, M e J

Medida afeta solicitantes de vistos F, M e J, obrigando-os a abrir perfis pessoais, o que especialistas apontam como violação de privacidade e conflito direto com a legislação brasileira de proteção de dados

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 14:21h • 24 de agosto de 2025

Farmacêutico cria inteligência artificial para guiar pacientes oncológicos na medicação

Ferramenta criada por farmacêutico residente melhora acesso a informações sobre medicamentos e efeitos colaterais

Descrição da imagem

Responsabilidade Social • 13:38h • 24 de agosto de 2025

Projeto Inova Sênior pretende reintegrar engenheiros 60+ ao mercado de trabalho

Projeto, criado por egressos da Escola Politécnica da USP e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), une inteligência artificial, governança ambiental, social e corporativa para valorizar o capital intelectual brasileiro de uma parte da população

Descrição da imagem

Saúde • 13:01h • 24 de agosto de 2025

Suplementos alimentares têm 188 milhões de buscas em um ano no Brasil

Principais dúvidas envolvem efeitos no organismo, consumo em jejum e interação com medicamentos

Descrição da imagem

Economia • 12:50h • 24 de agosto de 2025

Como economizar no supermercado em Assis em meio à alta nos preços dos alimentos

Inflação global e nacional pressiona os lares, mas especialistas indicam estratégias que podem ser aplicadas também no dia a dia dos consumidores assisenses

Descrição da imagem

Educação • 12:16h • 24 de agosto de 2025

Candidatos das Fatecs podem pedir isenção ou desconto na taxa até 12 de setembro

Serão oferecidas 6 mil isenções de pagamento; para redução do valor, não há limite de oferta e o valor integral da taxa é de R$ 47

Descrição da imagem

Ciência e Tecnologia • 11:48h • 24 de agosto de 2025

Conheça as áreas da tecnologia que mais contratam mulheres no Brasil em 2025

Estudo mostra quais áreas mais contratam mulheres e como a diversidade tem se tornado fator decisivo de inovação e competitividade

Descrição da imagem

Mundo • 11:14h • 24 de agosto de 2025

Corpo de Bombeiros de SP cria guia sobre prevenção a incêndios em áreas rurais

Roteiro foi desenvolvido em colaboração com a Secretaria da Agricultura para auxiliar moradores com os procedimentos que devem ser tomados antes, durante e depois de uma ocorrência

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?