Variedades • 20:11h • 10 de novembro de 2025
O preço de dormir mal: especialista explica como a falta de sono afeta corpo, mente e emoções
Médica alerta para os riscos da insônia e destaca o papel da telemedicina na prevenção e tratamento de distúrbios do sono
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Picdoc Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
Dormir bem tem se tornado um desafio para muitos brasileiros. Estudos recentes indicam que mais da metade da população adulta enfrenta dificuldades para manter uma rotina saudável de sono, o que vai muito além do cansaço matinal: a privação de sono afeta o metabolismo, a imunidade, o humor e até a memória.
Segundo a Dra. Luciana Melo Ferreira (CRM 175538/SP), o sono é uma engrenagem essencial do corpo humano. “Durante o sono reduzimos o metabolismo cerebral, regulamos o sistema nervoso autônomo e aumentamos a secreção de hormônios que promovem reparo tecidual e equilíbrio metabólico”, explica. Ela destaca que o sono REM — fase marcada pelo movimento rápido dos olhos — é crucial para a consolidação da memória e o processamento emocional. “É nesse estágio que o cérebro organiza as lembranças e preserva o funcionamento saudável do hipocampo e do córtex pré-frontal”, completa.
Quando o corpo não descansa adequadamente, o relógio biológico se desajusta, comprometendo funções básicas e a homeostase cerebral. A consequência é direta: queda na imunidade, perda de foco e falhas de memória de longo prazo.
Quando a insônia exige atenção médica
A insônia é considerada patológica quando ocorre três ou mais vezes por semana por mais de três meses, com impacto perceptível no cotidiano. Entre os sinais de alerta estão:
- Dificuldade para iniciar ou manter o sono;
- Despertares noturnos frequentes;
- Sensação de sono não reparador;
- Fadiga, irritabilidade e lapsos de memória;
- Queda de atenção e desempenho profissional;
- Alterações metabólicas e cardiovasculares.
“Esses sintomas podem indicar aumento do cortisol noturno e disfunções hormonais, exigindo avaliação médica e, em alguns casos, tratamento comportamental ou farmacológico”, orienta a especialista.
Coração e mente também sofrem
A falta crônica de sono atua como gatilho para doenças mentais e cardíacas. A Dra. Luciana destaca que a privação prolongada eleva os níveis de cortisol e noradrenalina, favorecendo ansiedade e irritabilidade, além de reduzir serotonina e dopamina, contribuindo para quadros depressivos.
A médica alerta ainda que a inflamação sistêmica provocada pela insônia pode gerar hipertensão, aterosclerose e arritmias, devido à hiperativação do sistema nervoso autônomo. “O sono insuficiente desregula o equilíbrio emocional e a neuroplasticidade, criando um terreno fértil para doenças mentais e cardiovasculares”, resume.
Telemedicina e novas formas de cuidado
Com rotinas aceleradas e o uso excessivo de telas agravando a crise do sono, a teleconsulta se tornou uma ferramenta essencial de cuidado acessível e imediato. “A telemedicina permite avaliar distúrbios do sono, ajustar hábitos e identificar fatores que prejudicam o descanso, como ansiedade e medicamentos inadequados”, explica a Dra. Luciana.
Ela reforça que a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-I), conduzida por psicólogos online, tem se mostrado altamente eficaz. Pequenas mudanças guiadas por especialistas já fazem diferença: educação do sono, higiene adequada e suporte terapêutico ajudam o corpo a restaurar o equilíbrio neuroquímico, com aumento da melatonina e redução do cortisol noturno.
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