Classificados • 11:18h • 17 de novembro de 2025
O que big techs esperam do profissional do futuro, além da técnica
Executivos de empresas como Google, Nubank, Amazon, Vivo e Omie afirmam que pensamento crítico, adaptabilidade e vontade de aprender já superam habilidades técnicas na disputa por talentos
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação
Com estimativas internacionais apontando mudanças profundas no mercado de trabalho até 2027 líderes de grandes empresas destacam que o avanço da automação torna competências humanas como senso crítico, adaptabilidade e aprendizado contínuo os fatores centrais para a empregabilidade em ambientes tecnológicos.
O Fórum Econômico Mundial projeta que 44% das habilidades hoje exigidas dos profissionais devem mudar até 2027. Paralelamente, estudos da McKinsey indicam que até 30% das atividades humanas poderão ser automatizadas até 2030. Nesse contexto, líderes de empresas como Google, Nubank, Amazon, Vivo, Nomad, Omie e TotalPass reforçam que a relevância no mercado não estará apenas na proficiência técnica, mas na capacidade de interpretar cenários, aprender continuamente e resolver problemas complexos.
Giuliano Amaral, CEO da Mileto, explica que a automação está reduzindo o papel das tarefas isoladas. Para ele, “o que vai diferenciar o profissional é a habilidade de identificar necessidades, propor soluções e construir algo do início ao fim”. Ele acrescenta que tais capacidades exigem somas de competências desenvolvidas ao longo da vida, iniciando pela base socioemocional.

Competências comportamentais em ambientes de alta tecnologia
Willian Katamaya, líder de transformação organizacional da Vivo, aponta a necessidade de talentos preparados para lidar com mudanças constantes. De acordo com sua análise, setores digitalizados requerem profissionais com autonomia, pensamento crítico e flexibilidade suficiente para navegar em ambientes dinâmicos.
A reflexão é compartilhada por Luiz Felipe Massad, Chief Human Resources Officer da Omie. Ele destaca que resiliência e capacidade de adaptação se tornaram diferenciais estratégicos. Para ele, “a capacidade de adaptação, o aprendizado constante e a resiliência diante das frustrações são o que mais diferencia os profissionais hoje”. Ele avalia que experiências de fracasso contribuem para trajetórias mais sólidas, especialmente para quem transforma desafios em evolução pessoal.
Curiosidade intelectual e vontade de aprender ganham protagonismo
Executivas como Erika Borges, da Amazon; Suzana Kubric, do Nubank; e Luiza Rubio, da Nomad, também reforçam a busca crescente por jovens com curiosidade intelectual e desejo genuíno de aprender. Giuliano defende que essa motivação interna deveria ocupar espaço formal na educação, afirmando que incorporar a “vontade de aprender” como tema curricular poderia representar uma mudança profunda na formação dos estudantes.
Emerson Martins, Head de RH do Google no Brasil, avalia que sua formação técnica no ensino médio foi determinante para sua trajetória inicial, afirmando que esse preparo facilitou a transição para a universidade.
Giuliano relaciona as entrevistas às reflexões do livro The Disengaged Teen, de Jenny Anderson e Rebecca Winthrop, destacando que crianças precisam ser cada vez mais competentes em aprender, e não apenas acumular conteúdos.
O novo eixo entre educação e empregabilidade
Para os especialistas, habilidades como pensamento crítico, criatividade, resolução de problemas e disposição constante para aprender serão decisivas em um mercado guiado por automação e mudanças rápidas. Giuliano conclui que o futuro da educação e do trabalho caminham para um modelo menos baseado em percursos pré-definidos e mais orientado pela capacidade de construir caminhos próprios com propósito e contribuição coletiva.
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