Economia • 15:38h • 26 de dezembro de 2024
Otimismo no setor de alimentação em SP contrasta com riscos do aumento do ICMS
Apesar do otimismo para o primeiro trimestre, empresários temem o impacto do aumento de impostos no setor de alimentação fora do lar
Da Redação | Com informações da Abrasel | Foto: Tânia Rêgo

O setor de alimentação fora do lar está começando 2025 com otimismo, de acordo com a pesquisa realizada pela Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) em dezembro. A maioria dos empresários (73%) tem expectativas positivas, prevendo um aumento nas vendas no primeiro trimestre de 2025, quando comparado ao mesmo período de 2024. No entanto, o otimismo esbarra em um grande desafio: o aumento do ICMS para bares, restaurantes e padarias em São Paulo, o que pode prejudicar a recuperação do setor.
O governador Tarcísio de Freitas sinalizou um possível aumento do ICMS de 3,2% para 12%, o que gerou grande apreensão entre os empresários. A medida, prevista para entrar em vigor em janeiro de 2025, pode impactar a competitividade e a sobrevivência de muitos negócios ainda marcados pelas dívidas acumuladas durante a pandemia de COVID-19.
Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, alerta para os riscos da decisão. “Estamos diante de um cenário desafiador. Embora a confiança no aumento das vendas seja grande, o aumento do ICMS ameaça a sobrevivência de milhares de empresas. Essa medida não afeta apenas os empresários, mas também os consumidores, que verão o aumento nos preços nos cardápios", afirma Solmucci.
Ele também destaca as consequências sociais dessa política tributária: "Triplicar o imposto em um estado como São Paulo, que concentra tantas empresas do setor, é como colocar uma âncora no caminho da recuperação econômica."
Apesar desse desafio, o setor segue com expectativas positivas para os primeiros meses de 2025. No entanto, a inflação ainda continua sendo um obstáculo importante. A pesquisa revelou que 32% dos empresários afirmaram não ter conseguido reajustar os preços dos cardápios nos últimos 12 meses, e 60% realizaram reajustes abaixo ou conforme a inflação, o que demonstra a pressão constante sobre as margens de lucro.
Além disso, o endividamento no setor permanece alto. A pesquisa apontou que 39% das empresas ainda enfrentam dívidas em atraso, incluindo impostos federais (71%) e estaduais (48%), empréstimos bancários (35%) e encargos trabalhistas e previdenciários (28%).
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