Variedades • 18:29h • 25 de setembro de 2025
Palavras cruzadas: o passatempo que virou clássico mundial da lógica e da memória
Criadas em 1913 as palavras cruzadas se tornaram febre em jornais, revistas e livros, conquistando gerações e mantendo seu status de entretenimento intelectual até hoje
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1

As palavras cruzadas são um dos passatempos mais queridos do mundo, combinando lógica, vocabulário, memória e raciocínio rápido. Seu formato simples, mas desafiador, conquistou leitores em diferentes idiomas e contextos culturais, tornando-se presença constante em jornais, revistas especializadas e livros de atividades.
A invenção das palavras cruzadas
O primeiro registro do jogo data de 21 de dezembro de 1913, quando o jornalista britânico Arthur Wynne, que trabalhava no jornal New York World, publicou um passatempo que batizou de “word-cross”. O quebra-cabeça apareceu na seção de entretenimento do jornal dominical e rapidamente fez sucesso entre os leitores.
O nome, inicialmente “word-cross puzzle”, acabou sendo trocado para crossword puzzle (palavras cruzadas), devido a um erro de diagramação que se popularizou. Assim nasceu um dos passatempos mais duradouros do século XX.
Expansão pela imprensa
A febre foi imediata. Nos anos 1920, jornais de todo os Estados Unidos já publicavam suas próprias versões, e em 1924 a editora Simon & Schuster lançou o primeiro livro de palavras cruzadas, que se tornou um sucesso de vendas. Logo, o passatempo chegou à Europa e depois ao mundo inteiro.
No Brasil, as palavras cruzadas começaram a ganhar espaço nos jornais impressos a partir dos anos 1940, tornando-se uma seção aguardada por leitores que buscavam um desafio diário. Em seguida, surgiram as tradicionais revistas de passatempos, vendidas em bancas, que até hoje são comuns em cidades de todo o país.
Um clássico de bolso
As revistinhas de palavras cruzadas tornaram-se companheiras de viagens, esperas em consultórios e momentos de lazer. Mais do que diversão, elas funcionam como um verdadeiro exercício para a mente, estimulando a memória, a associação de ideias e o aprendizado de novos termos.
Especialistas apontam que resolver cruzadinhas pode contribuir para a prevenção de doenças cognitivas, como o Alzheimer, além de melhorar o vocabulário e a concentração.
Do papel ao digital
Com a chegada da internet e dos aplicativos, as palavras cruzadas também se reinventaram. Hoje, há versões digitais disponíveis em sites de jornais, plataformas de jogos e aplicativos para celulares. Apesar disso, o charme das versões impressas continua forte, especialmente entre colecionadores e apaixonados pelo passatempo clássico.
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