Responsabilidade Social • 17:13h • 25 de junho de 2025
Pesquisa inédita revela hábitos alimentares que aumentam risco de obesidade em pets no Brasil
Estudo nacional aponta que quase metade dos tutores oferece comida humana aos animais; profissionais relatam alta nos casos de obesidade desde a pandemia
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria de Imprensa Inpress | Foto: Divulgação

Uma pesquisa inédita realizada no Brasil e divulgada pela Royal Canin traz um alerta sobre a alimentação inadequada de pets e o impacto crescente da obesidade entre cães e gatos. O levantamento, conduzido pela empresa de consultoria Censuswide em março de 2025, ouviu 2.000 tutores de animais e 250 profissionais veterinários de diferentes regiões do país.
Alimentação fora de controle
O estudo revela que 48,6% dos tutores brasileiros já ofereceram comida humana para seus pets, incluindo alimentos cozidos, vegetais e até carne crua. Além disso, 39,5% dos entrevistados acreditam que essa prática não faz mal à saúde dos animais, enquanto outros 36,5% admitem que dão comida para agradar ou mimar os pets.
O problema vai além da escolha dos alimentos. Mais de 60% dos tutores afirmam oferecer petiscos ou comida extra quando percebem os animais tristes ou entediados, o que reforça o uso emocional da alimentação e aumenta o risco de sobrepeso.
Quase metade dos tutores oferece comida humana a pets e aumenta risco de obesidade, aponta pesquisa
Obesidade: uma preocupação crescente
Do lado dos profissionais, a percepção também é de alerta. Entre os veterinários entrevistados, 94,8% relataram aumento nos casos de obesidade em pets nos últimos anos, sendo que 58% observam crescimento ainda maior desde a pandemia de COVID-19.
Mesmo com os esforços de orientação, o desafio persiste: 57,6% dos veterinários afirmam que muitos tutores subestimam os riscos do excesso de peso, o que prejudica a adesão ao tratamento e à prevenção.
Riscos à saúde dos animais
Segundo a pesquisa, os tutores começam a reconhecer os impactos negativos do excesso de peso. Cerca de 57% relacionam a obesidade a doenças cardíacas e pressão alta, 48% apontam a diabetes tipo-2 e 42% citam problemas respiratórios como consequências. Além dessas, os profissionais destacam outros riscos como doenças articulares, ortopédicas e metabólicas, que podem comprometer a qualidade de vida e reduzir a expectativa de vida dos pets.
Falta de exercícios e alimentação inadequada colocam em risco a saúde de cães e gatos no Brasil
Fatores que contribuem para o problema
Além da alimentação excessiva, o estudo também identifica o sedentarismo como um fator determinante: 42% dos tutores apontam a falta de atividade física como a principal causa da obesidade, e mais da metade (50,9%) relatam dificuldade em manter uma rotina de exercícios com os animais.
Outro dado preocupante é a baixa formalização dos diagnósticos: embora quase 75% dos veterinários abordem o tema da obesidade nas consultas, muitos ainda deixam de registrar oficialmente os casos como sobrepeso ou obesidade nos prontuários.
Importância da orientação profissional
A pesquisa reforça que a solução passa por orientação veterinária contínua, mudanças de hábitos alimentares e estímulo à atividade física. A maioria dos tutores (75,7%) reconhece os veterinários como a principal fonte de informação sobre o assunto, o que destaca o papel fundamental desses profissionais na conscientização sobre os riscos da obesidade.
A Royal Canin destaca que o combate à obesidade em pets deve ser tratado de forma multidisciplinar, envolvendo tutores, profissionais de saúde animal e a sociedade, para garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos animais.
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