• Aniversário de Maracaí tem festa especial para as crianças com brinquedos neste sábado
  • Dia D da Campanha de Multivacinação em Florínea é neste sábado
  • Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?
Novidades e destaques Novidades e destaques

Ciência e Tecnologia • 10:51h • 15 de abril de 2025

Pesquisadores da Unesp desenvolvem dispositivo vestível que ajuda cegos a detectar obstáculos

Sistema integrado a uma mochila é munido de câmera e sinalizadores táteis que, por meio de vibração, alertam para a presença de objetos acima da linha da cintura

Agência SP | Foto: Divulgação/Fapesp

Os componentes são armazenados na mochila, que pode ser utilizada também para o transporte de pertences do usuário.
Os componentes são armazenados na mochila, que pode ser utilizada também para o transporte de pertences do usuário.

Pesquisadores das universidades Estadual Paulista (Unesp) e Federal do Espírito Santo (Ufes) desenvolveram um dispositivo vestível para auxiliar na locomoção de pessoas com deficiência visual. A tecnologia conta com sinalizadores táteis capazes de alertar para a presença de obstáculos, garantindo aos usuários maior autonomia e segurança nas caminhadas.

O sistema, integrado a uma mochila, é composto por uma câmera com sensor RGB de profundidade – que captura imagens de forma muito semelhante à experiência visual humana – e uma unidade de processamento de imagens com diferentes componentes, entre eles um processador Jetson Nano. O minicomputador é indicado para tarefas como classificação de imagens, detecção de objetos, segmentação e processamento de fala, por exemplo. Os detalhes da pesquisa foram descritos na revista Disability and Rehabilitation: Assistive Technology.

“Os componentes são armazenados na mochila, que pode ser utilizada também para o transporte de pertences do usuário. Os fios passam por dentro da mochila e das alças, que vibram conforme o usuário se aproxima de um obstáculo. Se ele estiver à esquerda, vibra o lado esquerdo. Se estiver à direita, vibra o direito. E, se estiver à frente, vibram os dois”, conta Aline Darc Piculo dos Santos, atualmente professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo (FAU-USP) e primeira autora do artigo.

O dispositivo foi desenvolvido durante o doutorado de Santos, realizado na Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (Faac) da Unesp, em Bauru. O trabalho contou com apoio da Fapesp, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

A pesquisadora relata ter optado pelo uso de um feedback tátil em vez de um aviso sonoro pelo fato de a informação auditiva ter um peso importante no processo de orientação e mobilidade de pessoas com deficiência visual.

“Nosso objetivo principal foi, a partir da tecnologia vestível, ampliar a detecção de obstáculos, já que com a bengala só é possível mapear o que está abaixo da linha da cintura. Assim, a ideia não é substituir a bengala – um dispositivo com o qual o usuário já está acostumado e dificilmente deixará de usar –, mas que ela seja complementar à mochila”, explica.

O desenvolvimento do protótipo, denominado NavWear, envolveu uma equipe interdisciplinar formada por designers e engenheiros elétricos e levou em consideração não só a funcionalidade, mas também aspectos como conforto, interação do dispositivo com os usuários e facilidade de uso.

“Além de uma revisão grande de estudos sobre mobilidade de pessoas com deficiência visual e da pesquisa sobre tecnologias assistivas disponíveis para esse público, também firmamos parceria com uma instituição de cegos para entender as necessidades dos usuários. A maioria dos dispositivos desse tipo aborda apenas os aspectos funcionais. Poucos são os estudos que tratam dos aspectos relacionados à interação entre usuário e dispositivo, o que pode influenciar a aceitação e a satisfação com o produto”, diz a pesquisadora.

Estudo preliminar

Para chegar ao modelo descrito no artigo, os pesquisadores realizaram um estudo com 11 indivíduos adultos com deficiência visual e um profissional da área da saúde, especializado em orientação e mobilidade.

“Nesse estudo preliminar, as pessoas com deficiência visual expressaram um alto nível de preocupação em relação à sua segurança em ambientes externos e desconhecidos, além da dificuldade em identificar obstáculos não detectados pela bengala comum”, conta Santos.

A pesquisadora conta que o protótipo foi avaliado sob duas perspectivas: usabilidade do dispositivo e percepção de observadores sobre o usuário. A primeira avaliação foi realizada em um ambiente controlado, que permitia a simulação de tarefas como caminhadas de olhos vendados. “Nessa etapa de testes, foi possível observar que o uso combinado das tecnologias resultou em menos colisões. Os participantes também relataram sentir mais segurança e menor dificuldade em realizar o percurso”, ressalta.

Segundo a pesquisadora, uma limitação do estudo foi não ter conseguido testar o protótipo em indivíduos cegos. “Como ele foi desenvolvido durante o período de isolamento social da pandemia de COVID-19, houve essa limitação. Embora os resultados não possam ser generalizados para usuários com deficiência visual, visto que eles podem ter uma interação diferente, eles são promissores e destacam o potencial do dispositivo para uso em ambientes externos”, conta.

Últimas Notícias

Descrição da imagem

Mundo • 10:22h • 03 de maio de 2025

Movimentos pressionam por debate da redução da jornada no Congresso

Jornada menor e mudança na escala semanal são temas de atos

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 09:41h • 03 de maio de 2025

Aniversário de Maracaí tem festa especial para as crianças com brinquedos neste sábado

No dia 3 de maio, a cidade comemora seus 120 anos com um evento repleto de atrações para as crianças, incluindo brinquedos infláveis e apresentações musicais

Descrição da imagem

Economia • 09:19h • 03 de maio de 2025

Aposentados do INSS que ganham mais que o mínimo começam a receber 13º

Pagamento a quem ganha benefício mínimo começou no último dia 24

Descrição da imagem

Saúde • 08:32h • 03 de maio de 2025

Dia D da Campanha de Multivacinação em Florínea é neste sábado

Neste dia 3 de maio, a cidade de Florínea promove a vacinação em massa com atividades especiais para os pequenos e atenção à saúde de toda a população

Descrição da imagem

Mundo • 08:01h • 03 de maio de 2025

Governo de SP envia à Alesp proposta que eleva salário mínimo estadual para R$ 1.804

Reajuste representa aumento de 10% em relação ao piso estadual atual, definido em 2024, é 18,84% maior que o salário mínimo nacional; desde 2022, o crescimento do mínimo estadual registrou crescimento de 40,5%

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:38h • 02 de maio de 2025

Quanto seria o ingresso se o show de Lady Gaga fosse pago?

Pesquisa aponta que, apesar do aumento de preços, os shows seguem atraindo a elite brasileira, que vê no consumo de cultura uma extensão da sua identidade

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 17:05h • 02 de maio de 2025

Maracaí 120 anos: Gabi & Rapha agitam a festa e lançam o Maracaí Rodeio Fest 2025

Nesta sexta-feira (2), a cidade comemora seu aniversário com muita música, diversão e o início do countdown para o maior rodeio da região

Descrição da imagem

Cultura e Entretenimento • 16:42h • 02 de maio de 2025

Feira da Lua: diversão e cultura garantida em Florínea nos dias 9 e 10 de maio

Nos dias 9 e 10 de maio, a Praça da Matriz será palco de artesanato, gastronomia, e apresentações artísticas na Feira da Lua

As mais lidas

Ciência e Tecnologia

Como se preparar para o primeiro apagão cibernético de 2025

Especialistas alertam para a necessidade de estratégias robustas para mitigar os impactos de um possível colapso digital