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Variedades • 20:02h • 16 de maio de 2025

Polêmica sobre bebê reborn chega ao SUS e reacende debate sobre realidade, afeto e limites da fantasia

Deputado cogita lei para multar quem buscar atendimento médico para bonecos reborn; advogada relata caso de mulher que tentou pedir guarda legal de um brinquedo

Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Divulgação

Mulher tenta pedir guarda de boneco reborn e advogada recusa ação judicial
Mulher tenta pedir guarda de boneco reborn e advogada recusa ação judicial

Um episódio inusitado reacendeu nas redes sociais e nos noticiários a polêmica em torno dos bebês reborn — bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos com impressionante semelhança aos seres humanos. A comoção surgiu após relatos de que uma mulher teria tentado atendimento médico para seu bebê reborn em uma unidade do SUS, levando um deputado federal a sugerir a criação de um projeto de lei para coibir esse tipo de situação, com possibilidade de multa.

Embora o caso ainda careça de detalhes oficiais, a movimentação legislativa colocou novamente em discussão os limites entre realidade e afeto, saúde pública e fantasia, em especial quando a devoção por esses bonecos ultrapassa a barreira do brinquedo e assume contornos de maternidade simbólica.

O que é um bebê reborn?

Os bebês reborn surgiram nos Estados Unidos, no final da década de 1990, como uma vertente da arte do realismo aplicada à escultura em vinil. Inicialmente, eram customizações de bonecas comuns para se parecerem com recém-nascidos reais. Com o tempo, o nível de sofisticação cresceu, assim como o mercado, que hoje é global, com artistas especializados, técnicas avançadas e valores que podem ultrapassar os R$ 5 mil no Brasil, podendo chegar a R$ 20 mil em versões hiperdetalhadas, com peso semelhante ao de um bebê, veias pintadas à mão, fios de cabelo enraizados um a um, e até cheiro de recém-nascido.

Apesar de vendidos em lojas, os bebês reborn ultrapassam o simples conceito de brinquedo. Algumas mulheres optam por experiências que imitam a gestação e o parto: compram o boneco "na placenta", realizam um "parto simbólico", recebem uma certidão de nascimento fictícia, preparam enxovais completos e passam a se identificar como “mães de reborn”.

O que os bebês reborn realmente fazem?

Do ponto de vista funcional, o bebê reborn não é um robô. Ele não possui autonomia real: não se move por conta própria, não chora sozinho, não dorme ou acorda. A movimentação dos olhos, braços ou expressão facial depende de manipulação externa ou, em alguns modelos eletrônicos, de mecanismos limitados, como o abrir e fechar de olhos. A simulação emocional parte inteiramente da interação humana, especialmente da mãe simbólica, que atribui sentimentos, rotinas e histórias ao boneco.

Ainda assim, há relatos nas redes sociais de mulheres dizendo que o bebê chorou a noite toda ou não quis dormir, o que pode indicar tanto um envolvimento simbólico profundo quanto possíveis condições emocionais ligadas a esse comportamento, como o luto, a solidão ou questões psicológicas mais complexas.


Guarda legal de um brinquedo: o caso que chegou ao jurídico

A dimensão afetiva dos bebês reborn ganhou ainda mais destaque com o relato de uma advogada que afirmou ter sido procurada por uma mulher interessada em entrar com uma ação judicial para obter a guarda legal do boneco reborn. A cliente alegava ter gasto valores significativos com enxoval e afirmava estar emocionalmente apegada ao boneco, justificando o pedido com base no desejo de “cuidar oficialmente” da criação.

A advogada recusou o caso, explicando que não há respaldo legal para esse tipo de ação, uma vez que o bebê reborn, por mais realista que seja, continua sendo um objeto. O relato viralizou e reforçou a discussão sobre os limites da fantasia e a forma como a maternidade simbólica pode se desdobrar em situações jurídicas sem precedente.

Entre saúde mental e fronteiras legais

A presença de bebês reborn em lares de mulheres adultas nem sempre está relacionada ao lúdico. Estudos e profissionais da saúde apontam que, para algumas pessoas, o reborn funciona como instrumento terapêutico em casos de luto gestacional, perda de filhos ou dificuldades emocionais profundas. Nessas situações, o vínculo estabelecido com o boneco pode ajudar na elaboração do sofrimento.

Entretanto, quando esse vínculo ultrapassa a fantasia e atinge instituições públicas de saúde ou sistemas judiciais, surgem questionamentos sobre como lidar com essas demandas. A proposta de um projeto de lei para punir quem tentar atendimento no SUS com um boneco gera debate ético e jurídico: trata-se de coibir comportamentos sem fundamento ou de acolher realidades subjetivas que demandam cuidado?

Fantasia, afeto e políticas públicas em colisão

Ainda em discussão informal, o projeto de lei mencionado pelo deputado não foi formalmente apresentado. Mas já provoca debate sobre os limites da saúde pública, da maternidade simbólica e da atuação do Estado. Enquanto isso, os bebês reborn seguem ocupando um espaço controverso entre o brinquedo, a arte e o emocional, e desafiando as fronteiras entre o simbólico e o real.


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