Mundo • 11:30h • 22 de junho de 2024
População ocupada no Brasil atinge recorde de 100 milhões em 2023
Crescimento reflete expansão do mercado de trabalho, mas sindicalização e formalidade ainda apresentam desafios
Da Redação | Com informações do IBGE e Agência Brasil | Foto: Arquivo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (21) os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), destacando que a população ocupada no Brasil alcançou 100,7 milhões de pessoas em 2023, um recorde histórico.
Este número representa um aumento de 1,1% em relação a 2022 e de 12,3% em comparação a 2012.
Crescimento do emprego formal
Entre os trabalhadores ocupados, 37,4% possuíam carteira assinada no setor privado, um crescimento em relação aos 36,3% registrados em 2022.
Esse número, equivalente a 37,7 milhões de trabalhadores, é o maior da série histórica, embora ainda esteja abaixo dos índices observados entre 2012 e 2014.
Informalidade e setor público
A informalidade também apresentou um cenário significativo: 13,3% dos empregados no setor privado não possuíam carteira assinada, uma leve queda em relação ao ano anterior, mas ainda uma das maiores taxas da série histórica.
No setor público, a participação dos empregados permaneceu estável em torno de 12%, totalizando 12,2 milhões de trabalhadores. Os trabalhadores domésticos também mantiveram sua participação estável, representando 6% da população ocupada.
Desafios da sindicalização
A taxa de sindicalização continua a cair. Em 2023, apenas 8,4% dos trabalhadores ocupados estavam associados a algum sindicato, uma redução em relação aos 9,2% de 2022.
As regiões Nordeste e Sul registraram os índices mais altos de sindicalização, enquanto Norte e Centro-Oeste apresentaram os menores.
Empreendedores e registro no CNPJ
O número de empregadores e trabalhadores por conta própria manteve-se estável em 29,9 milhões de pessoas. Desses, 9,9 milhões (33%) estavam registrados no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), uma leve queda em relação a 2022.
As atividades de comércio e serviços continuaram sendo as mais representativas entre esses trabalhadores, com as maiores taxas de cobertura no CNPJ.
Embora o crescimento da população ocupada seja uma boa notícia para o mercado de trabalho brasileiro, a redução na sindicalização e a alta taxa de informalidade apontam desafios significativos que precisam ser enfrentados.
A expansão do emprego formal e a inclusão de mais trabalhadores em sindicatos são essenciais para fortalecer o mercado de trabalho e garantir direitos aos trabalhadores.
O IBGE continuará monitorando esses indicadores para fornecer uma visão abrangente do mercado de trabalho brasileiro e ajudar na formulação de políticas públicas eficazes.
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