Responsabilidade Social • 14:39h • 12 de dezembro de 2025
Por que cães não podem comer uva-passa e por que o risco aumenta no fim do ano
Toxicidade ainda desconhecida, risco de insuficiência renal e maior circulação de pratos natalinos exigem atenção redobrada dos tutores
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Foto: Arquivo/Âncora1
A proximidade do fim do ano aumenta a oferta de pratos típicos com uva-passa, como farofas, panetones, salpicões e sobremesas. Para os tutores de cães, esse período exige cuidado especial, já que a ingestão de uvas e uva-passa pode causar intoxicações graves. O alerta é reforçado por centros internacionais de toxicologia veterinária, que correlacionam o consumo do fruto e de seus derivados a quadros de vômitos, diarreia e insuficiência renal aguda.
O risco elevado ocorre porque a toxina específica responsável pela intoxicação ainda não foi identificada. Estudos iniciais mostram que a reação é variável, já que alguns cães desenvolvem sintomas mesmo após consumir poucas unidades, enquanto outros podem não apresentar sinais imediatos. A ausência de um agente tóxico claramente definido faz com que não exista dose considerada segura.
A uva-passa representa um risco maior porque o processo de desidratação concentra açúcares e compostos químicos naturais presentes na fruta. Esse fator reduz a quantidade necessária para desencadear reações adversas. As manifestações clínicas costumam surgir entre 2 e 24 horas após a ingestão e incluem vômitos, letargia, desconforto abdominal, aumento da sede e redução do volume urinário em fases mais avançadas.
O período natalino amplia essa preocupação. Muitas receitas tradicionais utilizam uva-passa como ingrediente principal ou complementar e podem ser oferecidas acidentalmente aos animais durante confraternizações familiares. Pães, bolos, tortas, mix de castanhas, farofas e saladas são exemplos de preparações comuns nessa época, todas potencialmente perigosas para cães.
Tutores que flagraram a ingestão devem buscar atendimento veterinário imediatamente, mesmo que o animal ainda não apresente sintomas. Clínicas especializadas podem realizar procedimentos de indução segura ao vômito, administração de carvão ativado e protocolos de hidratação intravenosa para preservar a função renal. A rapidez no atendimento é um dos fatores determinantes para o desfecho clínico.
A recomendação das equipes de toxicologia é reforçar o cuidado durante eventos familiares, manter alimentos fora do alcance dos cães e orientar visitantes para que não ofereçam nada sem autorização do tutor. A prevenção continua sendo a forma mais efetiva de evitar intoxicações.
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