Variedades • 18:23h • 19 de julho de 2025
Por que ficamos carecas? Entenda as causas da calvície em homens e mulheres
Condição vai além da genética e envolve deficiências nutricionais, estresse, alterações hormonais e até doenças autoimunes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Experta Media | Foto: Arquivo/Âncora1

A calvície é um fenômeno que afeta milhões de pessoas no mundo e não escolhe idade nem gênero. Embora os fatores genéticos estejam entre as principais causas da queda de cabelo, questões hormonais, nutricionais e emocionais também podem desencadear ou agravar o problema.
Perder entre 50 e 100 fios de cabelo por dia é considerado normal, segundo o Ministério da Saúde. Mas quando a queda ultrapassa esse limite, pode sinalizar desequilíbrios mais profundos no organismo. Os primeiros sinais, muitas vezes sutis, incluem afinamento dos fios, rarefação nas têmporas e queda excessiva no banho.
A identificação precoce desses indícios é essencial para definir um tratamento eficaz. Avaliações com dermatologistas e nutricionistas ajudam a mapear tanto predisposições genéticas quanto deficiências nutricionais que comprometem a saúde dos fios.
Genética é a principal causa, mas não a única
A alopecia androgenética é a forma mais comum de calvície, causada pela sensibilidade genética aos hormônios andrógenos, especialmente à di-hidrotestosterona (DHT). Ela afeta homens e mulheres, e não está restrita à herança materna: genes de ambos os pais podem contribuir para a predisposição.
Entre as mulheres, estudos revelam que uma interação genética envolvendo a enzima ERAP1 está associada à alopecia fibrosante frontal (FFA), reforçando que o padrão de perda capilar feminino também possui raízes complexas e multifatoriais.
A importância da nutrição
A carência de nutrientes pode ser um gatilho para a queda. A vitamina B12, essencial para a formação de células sanguíneas saudáveis, é um dos principais elementos ligados à queda capilar. Quando o sangue não transporta adequadamente oxigênio aos folículos, os fios enfraquecem.
Além da B12, a vitamina D estimula a formação de novos folículos, a biotina (B7) participa da produção de queratina e a vitamina E age como antioxidante, melhorando a circulação no couro cabeludo.
Estresse e hormônios também são vilões
O estresse físico ou emocional pode causar o chamado “eflúvio telógeno”, uma interrupção do ciclo capilar normal, que leva à queda acentuada. Eventos como traumas, cirurgias ou doenças graves podem provocar esse tipo de reação.
Entre as mulheres, fatores hormonais como gravidez, parto e mudanças em métodos contraceptivos também influenciam diretamente na queda capilar, conforme dados do Ministério da Saúde.
Doenças e medicamentos influenciam diretamente na queda
Diversas condições médicas, como anemia por deficiência de ferro e hipotireoidismo, interferem no crescimento e na força dos fios. Doenças autoimunes, como alopecia areata e psoríase, podem levar à perda localizada ou generalizada dos cabelos.
A Covid-19 também tem sido apontada como um gatilho para episódios temporários de queda. Além disso, medicamentos como antidepressivos, anticoagulantes e remédios para hipertensão podem ter como efeito colateral a perda capilar.
Problemas inflamatórios como dermatite seborreica, micoses e foliculite também afetam diretamente o couro cabeludo, com sintomas como coceira, descamação e formação de crostas, contribuindo para a queda.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico correto exige acompanhamento com dermatologistas especializados em tricologia. Exames físicos, laboratoriais e, em alguns casos, testes genéticos ajudam a definir o tipo de calvície e suas causas.
Os tratamentos variam desde loções tópicas, como o minoxidil, até procedimentos cirúrgicos, como o transplante capilar. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de controlar a queda e recuperar os fios.
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