Variedades • 15:48h • 19 de julho de 2025
Por que muitas mulheres se sabotam ao conquistar estabilidade financeira
Psicanalista explica como traumas, crenças e sentimento de lealdade à família dificultam a prosperidade feminina
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Maxima Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1

Para muitas mulheres, sair da escassez e conquistar a estabilidade financeira é apenas o primeiro passo de uma jornada mais complexa. Embora o alívio inicial venha com a quitação de dívidas e a organização das finanças, logo depois podem surgir sentimentos como medo, insegurança e, principalmente, culpa.
De acordo com a psicanalista Ana Lisboa, a autossabotagem financeira é mais comum do que parece e costuma estar ligada a traumas, padrões inconscientes e à chamada mentalidade de escassez. “Mesmo quando a mulher começa a prosperar, pode haver uma resistência interna que faz com que todo dinheiro que entra vá embora. Isso acontece por causa de crenças antigas, lealdades familiares e experiências negativas que não foram ressignificadas”, explica.
O processo, segundo a especialista, costuma seguir algumas etapas. A primeira é vencer a instabilidade: pagar dívidas, reorganizar a vida financeira e sentir o alívio de sair do sufoco. No entanto, essa tranquilidade pode durar pouco. “Logo aparece o medo de errar, de perder o que conquistou, de voltar ao ponto de partida. E esse medo paralisa”, afirma.
O passo seguinte é ainda mais delicado: quando a mulher percebe que está em um patamar diferente do restante da família, a culpa entra em cena. Muitas passam a se questionar se merecem mesmo aquela vida mais tranquila. “O sentimento de injustiça por estar melhor do que parentes ou pessoas próximas pode levar à autossabotagem. A mulher começa, inconscientemente, a colocar obstáculos no próprio caminho para não se sentir excluída ou distante emocionalmente do seu grupo”, analisa Ana.
A mentalidade de escassez, ainda segundo a psicanalista, é um dos maiores entraves para mulheres que desejam crescer financeiramente. Trata-se da crença de que o dinheiro é limitado, que só vem com sofrimento ou que não pode ser mantido por muito tempo.
Para mudar esse cenário, Ana defende um trabalho psíquico profundo de consciência e reconstrução de crenças. “É preciso entender que prosperar não significa abandonar valores ou esquecer as origens. Pelo contrário, é sobre criar possibilidades para si e para quem está ao redor. Sucesso financeiro não precisa ser um fardo, e sim uma conquista legítima e transformadora”, conclui.
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