Gastronomia & Turismo • 12:41h • 17 de julho de 2025
Por que o café faz tanto sucesso no inverno: mais que sabor, é ciência e bem-estar
Comprovado por dados e especialistas, aumento no consumo da bebida nos dias frios revela mais do que um hábito: é um cuidado para o corpo e o humor
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Maxima Assessoria | Foto: Divulgação

Quando as temperaturas caem, o consumo de café dispara um comportamento observado em todo o Brasil, inclusive no interior paulista, onde os dias frios convidam a pausas mais longas e a momentos de acolhimento. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a procura pela bebida aumenta cerca de 30% no inverno. Esse dado comprova que, muito além de um simples hábito sazonal, existe uma explicação científica e emocional para o sucesso do café nos dias frios.
Deiverson Migliatti, fundador da rede Sterna Café, resume bem esse fenômeno: “No inverno, o café deixa de ser apenas uma bebida para se tornar uma necessidade emocional e fisiológica. Ele desperta o corpo, melhora o humor e ainda oferece aquele conforto quentinho que todos procuram quando o frio aperta.”
A trajetória de Migliatti inclui visitas a mais de 71 países, o que ajudou a consolidar uma visão aprofundada sobre o potencial cultural e sensorial do café. Para ele, o frio muda a relação das pessoas com o tempo. Há menos pressa e mais presença, e a xícara de café se torna um convite a uma pausa consciente.
Os benefícios que vão além do sabor
A nutricionista Daniela Zaminiani, reforça que o café traz benefícios concretos para o organismo, além do sabor e do aroma irresistíveis. A cafeína estimula o sistema nervoso central e melhora a concentração, uma vantagem em dias mais preguiçosos. Mas há também os polifenóis, compostos antioxidantes que fortalecem o sistema imunológico, um aliado importante durante o inverno, época de gripes e resfriados.
“É como um ritual medicinal disfarçado de prazer diário”, resume Daniela. Ela lembra que o consumo moderado e consciente do café ajuda a manter os níveis de energia e disposição, inclusive combatendo os efeitos da redução da luz solar, que pode afetar o humor e a produtividade.
Métodos de preparo como experiência sensorial
Em cafeterias premium, o frio é também uma oportunidade para valorizar métodos de extração artesanal. Chemex, Aeropress, French Press, V60 e Clever são alguns dos mais procurados. Cada método realça características diferentes do café: a french press oferece uma bebida mais encorpada, enquanto o V60 proporciona leveza e sutileza no sabor.
Essa diversidade permite que cada cliente construa sua própria experiência, combinando sabor, aroma e textura em cada xícara. Em Assis, onde cafeterias e padarias são pontos tradicionais de encontro, há espaço para explorar essa experiência mais profunda, transformando a bebida em um convite para momentos de pausa e conexão.
Mais do que um modismo, um cuidado diário
Para quem pensa que o café no frio é apenas vício ou conveniência, os especialistas lembram que há uma motivação legítima por trás da busca. Daniela Zaminiani reforça: “O café, nesse cenário, atua como um aliado natural, ajudando a manter os níveis de energia e a concentração. É por isso que vemos tanta gente buscando aquela primeira xícara logo cedo — não é vício, é autocuidado.”
Em cidades como Assis, onde os invernos são marcados por manhãs frias e encontros em cafeterias, esse consumo se torna parte da cultura e da economia. Com consumidores cada vez mais curiosos sobre a origem dos grãos e os métodos de preparo, o mercado se adapta, oferecendo experiências completas que unem qualidade, conforto e informação.
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