Mundo • 18:38h • 23 de dezembro de 2025
Posso viajar com cannabis medicinal no fim de ano? O que a lei permite e quais cuidados tomar
Uso é autorizado em viagens nacionais, mas voos internacionais exigem checagem prévia das regras de cada país, alerta especialista
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Onix Press | Foto: Arquivo/Âncora1
Com a chegada das festas e do período de férias, aumenta o número de viagens e, junto com elas, surgem dúvidas práticas de quem faz tratamento contínuo. Entre pacientes que utilizam cannabis medicinal, incluindo produtos à base de canabidiol (CBD), uma pergunta é recorrente: é permitido viajar levando o medicamento?
Segundo a médica Dra. Mariana Maciel, especialista da Thronus Medical, a resposta é sim para viagens dentro do Brasil, desde que algumas exigências sejam cumpridas. “Muitos tratamentos não podem ser interrompidos. A continuidade é essencial, independentemente de o paciente estar em casa ou em férias”, explica.
O que é exigido em voos nacionais
Em viagens domésticas, o transporte de cannabis medicinal é permitido quando o paciente possui prescrição médica e, nos casos de produtos importados, a autorização emitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A orientação é levar apenas a quantidade necessária para o período da viagem e manter o medicamento na embalagem original.
Laudos médicos, receita atualizada e, se possível, a bula do produto ajudam a evitar questionamentos durante fiscalizações. A especialista também recomenda atenção ao armazenamento, já que alguns medicamentos exigem condições específicas de temperatura e proteção da luz.
Outro ponto importante é a forma do produto. Flores, mesmo quando legalizadas para tratamento, não são indicadas para transporte. Óleos e soluções orais, com identificação clara da composição e da dosagem de CBD e THC, costumam gerar menos problemas.
Viagens internacionais exigem cautela redobrada
Quando o destino é fora do país, o cenário muda. Cada nação possui legislação própria sobre medicamentos derivados de cannabis, e o que é permitido no Brasil pode ser proibido em outros lugares. Por isso, a recomendação é nunca embarcar sem antes consultar as regras locais.
A orientação é entrar em contato com a embaixada ou o consulado do país de destino, preferencialmente por escrito, para confirmar se o transporte é autorizado e quais documentos são exigidos. Em alguns casos, mesmo com prescrição médica, o medicamento não pode ser levado.
“É um processo que exige pesquisa e planejamento. Não dá para assumir que as regras são iguais às brasileiras”, reforça a médica.
Erros comuns e boas práticas
Entre os principais erros cometidos por pacientes estão viajar sem consultar a legislação do destino, não portar a receita médica ou esquecer a autorização da Anvisa para produtos importados. Esses descuidos podem resultar em retenção do medicamento ou até sanções legais.
Por outro lado, planejar com antecedência, manter toda a documentação organizada e transportar o medicamento corretamente são atitudes que garantem uma viagem mais tranquila. “Informação e preparo são fundamentais para cuidar da saúde sem correr riscos desnecessários”, conclui a especialista.
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