Responsabilidade Social • 16:06h • 20 de novembro de 2024
Procon-SP investiga discriminação racial e divulga dados sobre vítimas no comércio
Apesar da maioria dos respondentes se declararem brancos, a pesquisa revelou que a discriminação racial afeta desproporcionalmente as pessoas negras e pardas no comércio
Da Redação | Com informações da Assessoria de Imprensa do Procon | Foto: Arquivo/Âncora1

O Procon-SP, em comemoração ao Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, divulgou os resultados de sua mais recente enquete sobre discriminação racial nas relações de consumo. A pesquisa foi realizada entre os dias 2 de outubro e 4 de novembro de 2024, e teve como objetivo identificar se os consumidores já haviam sofrido ou presenciado situações de discriminação racial ao interagir com estabelecimentos comerciais.
Entre os 3.274 participantes, 55,10% se declararam brancos, mas a pesquisa revelou que a discriminação racial afeta desproporcionalmente as pessoas negras e pardas. A maioria das vítimas de discriminação racial foi composta por indivíduos pretos (44,81%) e pardos (35,81%), embora a maioria dos respondentes tenha se declarado branca. Ao aplicar a análise proporcional, 62,71% da população preta e 21,23% da parda se sentiram discriminadas.
Esses dados indicam um descompasso entre a distribuição racial dos respondentes e as vítimas de discriminação, sugerindo uma possível falta de conhecimento sobre o Procon Racial ou uma baixa procura por serviços de defesa do consumidor por parte das populações afetadas.
A pesquisa ainda revelou que lojas de roupas, calçados e acessórios foram os locais mais citados para a ocorrência de discriminação (27,85%), seguidas por shoppings (11,07%), supermercados (10,03%) e estabelecimentos financeiros (10,55%). As formas mais comuns de discriminação descritas pelos consumidores foram o comportamento de segurança desconfiado (27,34%), a falta de atenção no atendimento (21,80%) e a agressividade no atendimento (20,59%).
Dos consumidores que afirmaram ter sofrido discriminação, 73,53% não tomaram nenhuma atitude, sendo que 48,71% alegaram que "não valeria a pena", 28,24% não sabiam a quem recorrer e 23,06% não tinham tempo para registrar a denúncia.
Onde registrar a denúncia
O Procon-SP orienta que todos os consumidores que se sentirem discriminados em qualquer relação de consumo registrem a denúncia formalmente. As denúncias podem ser feitas de forma simples e rápida através dos seguintes canais:
- Site oficial do Procon-SP: www.procon.sp.gov.br
- Postos de atendimento presencial em São Paulo: Consulte os endereços no site.
- Procons municipais conveniados no interior e litoral: Para denúncias fora da capital, procure um dos 378 Procons municipais conveniados.
Pesquisas anteriores e relatório completo
A pesquisa completa pode ser acessada no relatório oficial do Procon-SP, disponível para download aqui: Relatório de Discriminação Racial 2024.
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