Mundo • 11:05h • 15 de setembro de 2025
Proibição de anestesia para tatuagem reparadora gera críticas de especialistas
Resolução do CFM restringe procedimentos mesmo em casos de reconstrução de aréola e cobertura de cicatrizes, levantando debate sobre direitos de pacientes
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação

A recente resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada no Diário Oficial da União, determinou que médicos não podem realizar anestesia geral, sedação ou bloqueios periféricos para a execução de tatuagens, ainda que em situações com caráter reparador. A norma, que tem como objetivo restringir práticas estritamente estéticas, acabou atingindo também pacientes que buscam reconstrução da aréola mamária após mastectomia ou cobertura de cicatrizes decorrentes de acidentes e cirurgias.
Segundo a nova regra, permanece autorizada apenas a aplicação de pomadas anestésicas tópicas, recurso considerado insuficiente para procedimentos mais sensíveis ou de maior extensão. Especialistas alertam que a decisão pode aumentar o sofrimento físico e emocional de quem procura a tatuagem como forma de resgate da autoestima.
O anestesiologista Dr. Omar J. G. Miranda, especialista em medicina da dor, critica a generalização:
“Negar anestesia a quem busca reconstruir sua história através da pele é desconsiderar o sofrimento físico e emocional dessas pessoas. A medicina precisa acolher, não punir”.
A resolução reacende o debate sobre o limite entre estética e reparação e sobre o papel da medicina na promoção do bem-estar integral. Para pacientes e profissionais da saúde, a decisão representa um desafio ético: como garantir segurança sem impedir procedimentos que ajudam na recuperação emocional de quem passou por traumas ou tratamentos como o câncer de mama.
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