Responsabilidade Social • 10:47h • 29 de agosto de 2025
Projeto busca ampliar diagnóstico de autismo em adultos e idosos em SP
Proposta em análise na Assembleia Legislativa quer garantir acolhimento, tratamento e inclusão para quem passou décadas sem diagnóstico correto
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Alesp | Foto: Arquivo Âncora1

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer “na minha época não existia autismo”? A realidade é que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) sempre existiu, mas muitos adultos e idosos nunca tiveram acesso a um diagnóstico. Resultado: passaram a vida carregando rótulos equivocados, enfrentando sofrimento psíquico e, em alguns casos, até tratamentos inadequados.
Com o objetivo de mudar esse cenário, o deputado Ricardo França apresentou o Projeto de Lei 362/2025 na Assembleia Legislativa de São Paulo. A proposta cria uma política estadual para incentivar o diagnóstico de TEA em adultos e idosos, além de oferecer suporte adequado após a confirmação.
“Estudos mostram que o subdiagnóstico ou diagnóstico tardio pode gerar exclusão, marginalização e grande sofrimento. Muitas vezes, essas pessoas recebem diagnósticos errados e seguem tratamentos que não atendem suas necessidades”, explicou França.
Entre as ações previstas estão:
- Criação de centros de referência regionais especializados em TEA para adultos e idosos;
- Capacitação contínua de profissionais de saúde e assistência social;
- Suporte psicológico, psicossocial e jurídico para diagnosticados e suas famílias;
- Incentivo a práticas inclusivas no mercado de trabalho e na convivência social;
- Garantia de que o diagnóstico seja aceito como critério de acesso a direitos em saúde, inclusão e assistência social;
- Avaliação diagnóstica por equipe especializada em tempo razoável, evitando longas filas de espera.
O projeto também prevê campanhas informativas e a criação de grupos de apoio para pessoas que receberam ou buscam diagnóstico tardio, funcionando como espaços de acolhimento e troca de experiências.
“É dever do Estado garantir que todos, em qualquer idade, tenham acesso ao diagnóstico e tratamento corretos. Só assim construiremos uma sociedade verdadeiramente inclusiva”, reforçou o deputado.
O texto segue em análise pelas comissões da Alesp. Se aprovado, deve representar um avanço importante para adultos e idosos com TEA em São Paulo — e pode servir de inspiração para outros estados do país.
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