Esporte • 17:08h • 10 de fevereiro de 2025
Promotoria de Justiça solicita interrupção de jogos de futebol em casos de racismo e homofobia
Em um esforço para combater a discriminação nos estádios, a Promotoria exige ações mais rigorosas da CBF e CONMEBOL
Da Redação | Com informações do MPSP | Foto: Divulgação

A Promotoria de Justiça de Direitos Humanos - Inclusão Social deu um passo importante no combate ao racismo e à homofobia nos estádios brasileiros. No dia 27 de janeiro, foi instaurado um inquérito civil que visa fortalecer as medidas de enfrentamento à discriminação durante as partidas de futebol. Em ofícios enviados à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL), a Promotoria solicitou informações sobre os programas e ações que as duas entidades vêm desenvolvendo para combater comportamentos discriminatórios nos estádios.
O principal objetivo da Promotoria, no entanto, é que ambas as confederações adotem medidas mais rigorosas, como a interrupção imediata de partidas diante de episódios de racismo ou homofobia. De acordo com a proposta, os jogos deveriam ser suspensos até que os responsáveis por tais atitudes fossem identificados e, se necessário, presos. Somente após essas ações é que as partidas poderiam ser retomadas. A medida visa não apenas punir os discriminadores, mas também enviar um sinal claro de intolerância a atitudes preconceituosas.
Além disso, a promotora Ana Beatriz Frontini, responsável pelo inquérito, solicitou informações à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania sobre as ações concretas adotadas em São Paulo para combater o preconceito nas competições esportivas no estado. O objetivo é entender o papel do governo paulista na prevenção e no enfrentamento dessas práticas discriminatórias no futebol.
O Observatório Racial do Futebol, uma instituição dedicada a monitorar os casos de racismo e homofobia no esporte, também foi acionado pela Promotoria para fornecer os dados mais recentes sobre incidentes desse tipo, além de avaliar os efeitos das políticas adotadas até o momento.
Ana Beatriz Frontini destacou a importância dessas ações, afirmando que a interrupção dos jogos poderia ser um passo crucial para combater a normalização do preconceito no futebol.
Esse movimento da Promotoria de Justiça se alinha a um crescente esforço em várias esferas da sociedade para erradicar a discriminação racial e homofóbica no esporte, buscando não apenas punir os culpados, mas também prevenir que tais práticas continuem a ocorrer. O futebol, sendo um dos esportes mais populares do Brasil, tem o poder de influenciar comportamentos e opiniões, e medidas como essas podem contribuir significativamente para um ambiente mais inclusivo e respeitoso nas arquibancadas e dentro de campo.
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