Responsabilidade Social • 15:21h • 19 de julho de 2025
Pulmões eletrônicos de São Paulo: como a Cetesb monitora o ar que você respira
Rede com 84 estações, sendo 62 automáticas e 22 manuais, acompanha a qualidade do ar em todo o estado, ajudando a proteger a saúde da população, especialmente no período de estiagem
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações da Semil | Foto: Arquivo Âncora1

Por todo o estado de São Paulo, 84 estações da Cetesb, órgão ligado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, monitoram a qualidade do ar que a população respira. Dessas, 62 são automáticas, oferecendo dados em tempo real, e 22 funcionam manualmente, coletando amostras para análises laboratoriais.
Essa rede é fundamental para acompanhar a poluição do ar e orientar ações de saúde pública, meio ambiente e prevenção, principalmente durante os períodos de seca, quando a dispersão dos poluentes fica mais difícil.
As estações estão instaladas em locais estratégicos, como grandes cidades e áreas industriais, e medem cinco poluentes principais: material particulado (poeira e fuligem), ozônio, dióxido de nitrogênio, dióxido de enxofre e monóxido de carbono. A qualidade do ar em cada ponto é avaliada pelo poluente que estiver em pior condição.
No interior, durante os meses secos, essa rede também apoia a Operação São Paulo sem Fogo, que combate queimadas, especialmente nas regiões agrícolas. O aumento repentino do material particulado, por exemplo, pode indicar incêndios próximos, tornando o monitoramento uma ferramenta importante para controlar esses focos.
Maria Lúcia Guardani, gerente da Qualidade do Ar da Cetesb, explica que as estações funcionam 24 horas por dia, captando e analisando o ar para mostrar se o ambiente está seguro ou se há riscos para a saúde.
Todos os dias, às 11h, a Cetesb divulga um boletim com a média da poluição das últimas 24 horas e a previsão para o dia seguinte, incluindo informações sobre o clima e a dispersão dos poluentes.
Esses dados são públicos e podem ser consultados no site e no aplicativo da Cetesb, onde é possível acessar um mapa interativo para ver a qualidade do ar na sua cidade, a cor que indica o nível de poluição e receber orientações de saúde.
A qualidade do ar é representada por cores, como um semáforo:
Verde: ar bom e seguro para todos.
Amarelo: qualidade aceitável, mas pode causar desconforto em pessoas sensíveis.
Laranja: ar ruim, com risco para crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios.
Vermelho: muito ruim, pode afetar a saúde de toda a população.
Roxo: situação crítica, com grave impacto para todos.
Em dias de poluição alta, recomenda-se evitar exercícios ao ar livre e seguir as orientações das autoridades.
“Embora alguns poluentes sejam invisíveis, eles prejudicam a saúde. Acompanhar a qualidade do ar ajuda a evitar problemas respiratórios e a adotar hábitos mais conscientes”, reforça Guardani.
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