Gastronomia & Turismo • 16:16h • 22 de dezembro de 2025
Rotas da Cachaça destacam grandes produtores paulistas e impulsionam turismo no interior
Iniciativa do Governo de São Paulo reúne oito circuitos em 65 municípios e valoriza produtores tradicionais e premiados de cachaça, fortalecendo o turismo rural, a economia criativa e a identidade cultural paulista
Jornalista: Carolina Javera MTb 37.921 com informações de Agência SP | Foto: Aniello de Vita |Setur-SP
O Governo de São Paulo lançou, em 11 de dezembro, a quarta rota temática do estado, dedicada à cachaça, um dos destilados mais emblemáticos do Brasil, com quase 500 anos de história. Integrando o conjunto que já inclui as Rotas do Vinho, do Café e do Queijo, as Rotas da Cachaça reúnem produtores tradicionais, experiências turísticas e atrativos culturais distribuídos em oito circuitos e 65 municípios paulistas.
Coordenado pela Casa Civil, o projeto conta com a participação das secretarias de Turismo e Viagens; Agricultura e Abastecimento; Cultura e Economias Criativas; Desenvolvimento Econômico, além da InvestSP. A proposta é valorizar a produção artesanal e industrial de excelência, estimular o turismo rural e fortalecer cadeias produtivas ligadas à bebida símbolo do país.
No Noroeste Paulista, destacam-se produtores como o Engenho Santo Mário, em Catanduva; o tradicional Engenho Sansão (Cachaça Duas Vilas), em Ibirá; o premiado Dom Tapparo Engenho, em Mirassol; e o Engenho Terra Rica, em Penápolis. Também ganham visibilidade a Cachaça Sabor da Estância, em Santa Fé do Sul, além da Cachaçaria Trevo, em José Bonifácio, e da Dom Patas, em Jales.
Na região das Frutas e Bandeirantes, a rota combina tradição e inovação com nomes como o Engenho Fazenda Velha, em Americana; o Alambique Almeida Valente, em Artur Nogueira; a Fazenda Paraíso, em Atibaia; e o Villaggio De Simoni, em Capivari. Completam o circuito o Alambique JP, em Itupeva; o histórico Alambique Zanoni, em Jarinu; o Alambique Velho Sonho, em Jundiaí; e a premiada Destilaria Santa Capela, em Santa Bárbara d’Oeste.
A Mogiana Paulista preserva técnicas centenárias e reúne produtores de forte tradição histórica, como a Spinalcool Destilaria, em Batatais; o Engenho Coronel, em Cássia dos Coqueiros; a Cachaça Barra Grande, em Itirapuã; a Cachaça Dona Odila, em Jaboticabal; e a Colmanetti, em Igarapava. Também fazem parte da rota a Destilaria Inara, em São Simão, e a Casa do Engenho, em Mococa.
Na região da Cuesta, Itaqueri e Tietê, o visitante encontra produtores que unem métodos artesanais e inovação, como a Cachaça Três Pedras, em Bofete; a Cachaçaria Tipuana, em Botucatu; o histórico Engenho Capuava, em Piracicaba; e as Cachaças Serra do Itaqueri, em Rio Claro. Integram ainda o circuito a Cachaçaria Macúva, em Analândia; a Destilaria Octaviano Della Colletta, em Torrinha; o Alambique Ouro Fino, em Torre de Pedra; e a tradicional Tonon, em Dourado.
Já o Centro Paulista é referência nacional na produção e na pesquisa do setor, com produtores históricos como o Engenho São Luiz, em Lençóis Paulista, ativo desde 1906, e a Fazenda Mandaguahy, em Jaú, fundada em 1858. A região abriga ainda a Destilaria Sapucaia, a Cachaça Pavão, a Companhia Müller de Bebidas — uma das marcas brasileiras mais conhecidas internacionalmente —, além de produtores como Foltran Guimarães, Nhá Dita e Folhas de Oliva. O roteiro inclui também polos de pesquisa, concursos de qualidade e experiências de formação técnica.
Segundo o secretário de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena, as Rotas da Cachaça celebram a tradição e a qualidade da produção paulista, conectando história, cultura, gastronomia e natureza. Além das degustações e visitas guiadas, os circuitos oferecem trilhas ecológicas, hospedagens rurais, workshops e experiências gastronômicas.
São Paulo lidera a exportação nacional de cachaça e concentra cerca de 46% da produção brasileira. De acordo com o Anuário da Cachaça 2025, do Ministério da Agricultura e Pecuária, o país conta com 1.266 estabelecimentos produtores registrados, e o estado de São Paulo registrou crescimento de 5,9% nesse número em 2024. As Rotas da Cachaça consolidam esse protagonismo ao transformar a bebida em vetor de desenvolvimento regional, turismo e valorização do patrimônio cultural paulista.
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