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Responsabilidade Social • 09:40h • 01 de agosto de 2025

São Paulo exporta para a Bahia técnica de implante de penas para salvar araras-azuis-de-lear

Bióloga referência no método viaja ao sertão para auxiliar na reabilitação de aves resgatadas na África; ação é crucial para reintrodução da espécie ameaçada

Agência SP | Foto: Governo de SP

Desenvolvido no Cetras-SP desde 2008, o implante de penas já beneficiou 113 aves de 19 espécies diferentes
Desenvolvido no Cetras-SP desde 2008, o implante de penas já beneficiou 113 aves de 19 espécies diferentes

Pela primeira vez, uma equipe da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil) aplicará uma técnica avançada de implante de penas em araras-azuis-de-lear (Anodorhynchus leari), espécie endêmica do Brasil e ameaçada de extinção. A bióloga Lilian Sayuri Fitorra, chefe do Centro de Triagem e Recuperação de Animais Silvestres de São Paulo (Cetras-SP), desembarca nesta segunda-feira (28) no Parque Nacional do Boqueirão da Onça, na Bahia, para liderar o procedimento em aves resgatadas de tráfico internacional.

As araras, apreendidas no Togo, na África, em 2024, passaram por reabilitação no criadouro científico Fazenda Cachoeira e agora aguardam soltura. No entanto, no transporte ou durante o período de aclimatação, algumas sofreram fraturas nas penas das asas, o que compromete sua capacidade de voo e ameaça o sucesso da reintrodução na natureza.

Desenvolvido no Cetras-SP desde 2008, o implante de penas já beneficiou 113 aves de 19 espécies diferentes. O método consiste na inserção de uma nova pena por meio de uma haste flexível na base da estrutura danificada. O procedimento, indolor e rápido (entre 10 e 30 minutos), permite que a ave volte a voar imediatamente, acelerando sua reabilitação. “Esse é um momento muito especial. Trabalhar com uma espécie tão emblemática como a arara-azul-de-lear, em seu habitat natural, é uma honra e uma responsabilidade enorme. A expectativa é grande porque cada ave responde de forma diferente ao procedimento. Estamos otimistas”, afirma Sayuri.

Além de dominar a técnica, a bióloga mantém no Cetras-SP um banco de penas com 430 amostras de 142 espécies, catalogadas por cor, tipo e tamanho – essencial para garantir compatibilidade nos implantes. “Nosso objetivo sempre foi melhorar o bem-estar das aves e aumentar suas chances de retornar à natureza”, destaca a bióloga.

A ação, marcada para 28 de julho a 1º de agosto, será realizada em parceria com o Programa de Resgate da Arara-azul-de-lear, gerenciado pelo veterinário Plínio Mantovani, e o Grupo de Pesquisa e Conservação da Arara-azul-de-lear no Boqueirão da Onça, liderado por Érica Pacífico. Ela explica os desafios enfrentados durante o processo de reabilitação dessas aves e a importância da inovação e parceria entre profissionais comprometidos. “As araras que serão submetidas ao implante chegaram após um longo processo de reabilitação e estão em fase final de preparo para soltura, mas algumas apresentaram falhas no empenamento. Investigamos os especialistas em implante de penas no Brasil e todas as indicações nos levaram à Sayuri. Ela é referência na técnica, tem artigo científico publicado sobre o tema e uma longa experiência prática. Estamos muito felizes com essa parceria, que fortalece o projeto e nos dá a chance de aprender com uma das melhores profissionais do país”, afirma

Da beira da extinção à esperança

Em 2001, a população selvagem da arara-azul-de-lear estava reduzida a apenas 200 indivíduos. Hoje, graças a esforços de conservação, o número subiu para cerca de 2.250 — ainda insuficiente para tirar a espécie da lista de animais em perigo. O Governo de São Paulo participa ativamente do Programa de Manejo Populacional da espécie, coordenado pelo ICMBio. Desde 2015, o Centro de Conservação da Fauna Silvestre (Cecfau) já reproduziu 26 filhotes, nove dos quais foram enviados para soltura no Boqueirão da Onça. Agora, com a expertise paulista, mais um capítulo na luta pela preservação dessa joia da caatinga está sendo escrito. 

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