Responsabilidade Social • 16:13h • 18 de setembro de 2024
Secas prolongadas atrasam recuperação de florestas em 20 anos
Manejo florestal enfrenta desafios climáticos com secas prolongadas e aumento na mortalidade de árvores, aponta Embrapa
Da Redação | Com informações da Embrapa | Foto: Marcus Vinício D'Oliveira

Um estudo da Embrapa constatou que o tempo necessário para recuperar os estoques de madeira extraídos em florestas manejadas da Amazônia pode levar até 45 anos, 20 anos a mais do que o previsto inicialmente.
Esse atraso está diretamente relacionado às secas sucessivas e ao aumento da mortalidade das árvores, impactando o processo de regeneração florestal. A pesquisa, que monitorou uma área de 600 hectares em Lábrea (AM) durante duas décadas, foi publicada na revista científica Forest Ecology and Management.
Os pesquisadores observaram uma alta mortalidade de árvores após os cortes e o crescimento lento das remanescentes, influenciado por eventos climáticos extremos, como o fenômeno El Niño. As secas prolongadas, registradas em anos como 2005, 2010 e 2015, aumentaram as taxas de mortalidade e atrasaram a recuperação dos estoques de madeira.
A pesquisa, realizada em parceria com o Fundo JBS pela Amazônia e o CIRAD, mostrou que, embora a biomassa tenha se recuperado, a floresta agora tem predominância de árvores jovens, adiando o próximo ciclo de corte por até 20 anos.
O estudo ressalta a necessidade de mais pesquisas sobre o impacto das mudanças climáticas na regeneração florestal e na sustentabilidade do manejo de madeira na Amazônia.
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