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Saúde • 15:10h • 18 de março de 2025

Serviço assistido por animais: o poder do afeto na recuperação hospitalar

Interação com animais tem transformado a experiência de pacientes em hospitais da Rede Ebserh

Da Redação com informações de Agência Gov | Foto: Divulgação

Desde 2022, a terapia com cães é realizada na enfermaria de Pediatria do HUWC, seguindo os cuidados para resguardar a segurança dos pacientes e animais.
Desde 2022, a terapia com cães é realizada na enfermaria de Pediatria do HUWC, seguindo os cuidados para resguardar a segurança dos pacientes e animais.

No dia 14 de março, foi  celebrado o Dia Nacional dos Animais. Dentro de hospitais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), diversos pacientes têm tido benefícios com a integração dos bichinhos ao ambiente hospitalar. Durante sua internação no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC), em Fortaleza, o paciente David Lima Ávila, de oito anos, que possui paralisia cerebral, transtorno do espectro autista (TEA) e epilepsia refratária, teve a oportunidade de vivenciar isso.

A visita das cadelas Sophie, Jolie e Chloe, três goldens retrievers do Sexteto4patas, é uma “cão terapia” com os pacientes. “David ficou internado durante 25 dias e teve a oportunidade de interagir com as cadelas. Estava muito nervoso e ansioso, mas, com elas, conseguiu se distrair. Ajudou muito no cognitivo, pois ele jogou uma bola e até recebeu um carinho delas. Ele não anda nem fala, mas ficou muito feliz”, contou sua mãe, Katya Georgia Lima, emocionada.

A psicóloga hospitalar do HUWC, Yadja Gonçalves, explica que o serviço assistido por cães é uma metodologia terapêutica que utiliza o contato com os animais para minimizar o estresse no ambiente hospitalar. “Além de auxiliar na socialização e na regulação emocional de pacientes e familiares, essa prática promove bem-estar e alegria no hospital. As visitas acontecem, principalmente, em datas comemorativas”, afirmou.

Desde 2022, a terapia com cães é realizada na enfermaria de Pediatria do HUWC, seguindo os cuidados para resguardar a segurança dos pacientes e animais. “Os animais chegam vacinados e transitam pela clínica pediátrica livremente. Entram nas enfermarias onde as crianças/adolescentes e suas famílias autorizam e nas que não estão em isolamento”, destacou a psicóloga.

Cavalos que curam

No Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), os cavalos levam amor e esperança às crianças internadas na ala da Pediatria. Laura Cyrineu, pedagoga, brinquedista hospitalar e membro da Comissão de Humanização do HU, explica que a equoterapia é uma abordagem interdisciplinar, voltada para o desenvolvimento físico, emocional e social dos pacientes.

Desde setembro de 2024, o projeto “Galopes de Alegria: Cavalos que Curam” é conduzido de forma voluntária pela equipe de “Equoterapia de DRD”. “A maioria das crianças e acompanhantes recebe o cavalo com alegria e curiosidade. Já tivemos a visita do cavalo Balu e da égua Viva e na próxima vez as crianças também poderão ter o contato com um pônei”, comentou Laura.

A cada três meses, a equipe (psicóloga, fisioterapeuta, psicopedagoga e profissional de educação física) leva um cavalo ao solário da Pediatria, onde são recebidos pela equipe multiprofissional, que organiza a experiência de interação com o animal, seguindo todos os cuidados e precauções para garantia da segurança do paciente. Até mesmo crianças com maiores comprometimentos, como dificuldades motoras ou alterações neurológicas, desde que liberadas pela equipe assistencial, participam da atividade.

Como ocorre aos sábados, a chegada do cavalo proporciona momentos de alegria e descontração, num dia em que normalmente há menos atividades lúdicas no hospital. “As crianças podem tocar o cavalo, acariciá-lo, alimentá-lo com pedaços de cenouras, montar e dar uma volta, sempre com acompanhamento. Além disso, a presença do animal, o contato com ele, proporciona momentos de afeto e acolhimento”, relatou Laura.

Cães terapeutas no cuidado à saúde mental

No Sul do Brasil, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm-UFSM) conta, há oito anos com um projeto de cinoterapia realizado em parceria com o 4º Batalhão de Bombeiros Militar de Santa Maria. Os cães treinados para busca e resgate de pessoas desaparecidas também desempenham um papel terapêutico quando não estão em missões, visitando pacientes da Unidade Psicossocial do hospital.

O primeiro sargento Alex Sandro Teixeira Brum, que trabalhou com o cão Guapo, disse que essa experiência é enriquecedora para todos os envolvidos. “Levamos muito amor e atenção aos pacientes, mas também recebemos esse carinho de volta. O cão facilita a conexão com as pessoas”, afirmou.

Inicialmente, o projeto contava com três cães: kira, Guapo e Logan. “Atualmente, estamos treinando novos cães para dar continuidade à atividade. Todos precisam passar por uma prova de certificação, garantindo que atendam aos critérios necessários para desenvolver a cinoterapia”, explicou Brum.

Para a psicóloga Taiane Klein, o afeto da interação entre os pacientes e os animais auxilia na recuperação e no enfrentamento do período de internação. “Esse vínculo afetivo pode proporcionar a melhoria do bem-estar emocional e físico, o estímulo à capacidade motora, além da redução da ansiedade e do estresse. Adicionalmente, essa interação favorece a socialização entre os envolvidos, contribuindo para um ambiente mais positivo e terapêutico”, pontuou.

Pesquisa comprova os benefícios dessa prática

A enfermeira e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Daiana Foggiato, juntou-se à iniciativa por meio de um projeto de extensão em 2019, no qual iniciou estudos que comprovaram, cientificamente, as repercussões e os benefícios dessa prática para os usuários. Ela e o Grupo de Pesquisa Cuidado em Saúde Mental e Formação em Saúde da UFSM, desenvolvem pesquisas bibliográfica e de campo acerca da cinoterapia.

“Os estudos da revisão bibliográfica revelaram que essa prática pode ser considerada uma estratégia interventiva em potencial para o enfrentamento e alívio de agravos à saúde das pessoas, favorecendo a qualidade de vida daqueles que recebem a intervenção”. Daiana acrescentou que nas pesquisas de campo destaca-se a percepção de que as práticas promovem aos usuários uma assistência humanizada na medida que é uma ferramenta alternativa e diferencial no processo de cuidado.

“Já os usuários internados apontaram que a interação com o cão terapeuta não apenas promove uma mudança positiva no humor, mas também desempenha um papel crucial na aceitação da internação hospitalar e na adesão medicamentosa. A interação com cães demonstrou ser uma fonte significativa de conforto, segurança e familiaridade para os indivíduos, contribuindo de maneira positiva para diversos aspectos de seu tratamento”, frisou a professora.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

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