Ciência e Tecnologia • 16:33h • 22 de setembro de 2024
Sistema inédito antecipa risco de ressacas e desastres naturais na costa paulista
Plataforma tecnológica permite prever ameaças que se aproximem de cada praia e acionar ações de prevenção
Da Redação/Semil | Foto: Semil

Um sistema inédito de alarme contra desastres climáticos começou a operar em todo o litoral do Estado de São Paulo, realizando monitoramento preventivo de ressacas e inundações costeiras. A tecnologia permite antecipar situações críticas para quem mora ou trabalha na costa paulista, gerando alertas aos municípios e às Defesas Civis para que medidas preventivas sejam tomadas.
Desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), o sistema identifica situações que antecedem fenômenos como ressaca do mar (ondas altas e de intensa energia), associada a perigos como erosão costeira intensa, inundação de praias e dunas e maré alta acima do normal (maré de tempestade), com inundações, enchentes e alagamentos. A detecção envolve casos mais graves, os chamados fenômenos conjugados, cuja ameaça envolve risco de eventos severos ou extremos.
Batizado de Sistema de Alerta de Ressacas e Inundações Costeiras para o Litoral de São Paulo (Saric), o sistema é constituído de uma plataforma tecnológica inédita no Brasil, com escala de representação espacial que reproduz trecho a trecho as áreas beira-mar. “O Saric permite antecipar situações críticas e proteger a população dos efeitos devastadores dos desastres climáticos, evitando inclusive mortes”, afirma Celia Gouveia Souza, pesquisadora do IPA e especialista responsável pelo projeto.
Cada uma das praias paulistas é monitorada. A plataforma, que é aberta ao público, tem a capacidade de receber dados meteorológicos e oceanográficos. A situação é analisada de forma integrada, de acordo com a velocidade dos ventos, nível máximo das marés e altura máxima das ondas de toda a costa paulista. A partir desses dados globais, o sistema faz o cálculo de risco com 4 dias de antecipação. As praias são classificadas como estado de ‘Observação’, ‘Atenção’ ou ‘Alerta’.
Um dos diferenciais do sistema são os mapas que permitem a visibilidade de cada praia da costa. Acoplado a ele, há ainda o mapa de risco de erosão costeira, que contribui com dados para fundamentar a gestão de ameaças de desastres naturais.
Os mapas possibilitam prever inundações, como em setores de praia com risco alto e muito alto de erosão costeira crônica, que são as primeiras praias a serem atingidas pela força do mar, nos eventos meteorológicos (ciclones tropicais, tornados, vendavais) e oceanográficos (oscilações do nível do mar, correntes marítimas e outros) mais fortes.
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