Responsabilidade Social • 15:51h • 18 de julho de 2025
Socialização felina transforma comportamento de gatos resgatados e amplia adoções
ONG de proteção animal mostra como paciência, escuta e respeito ao tempo do gato contribuem para sua adaptação e bem-estar
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Assessoria | Foto: Divulgação/DeProposito Com. de Causas

A adoção da gatinha Brenda é um exemplo de como a socialização pode fazer toda a diferença na vida de um gato resgatado. Descrita como “tímida e medrosa” pela ONG Confraria dos Miados e Latidos, a felina surpreendeu sua nova tutora, Jaqueline Rufino, ao demonstrar ousadia logo no primeiro dia em casa. Apesar do início destemido, a convivência exigiu cuidados e respeito aos limites do animal, como explica Jaqueline, que seguiu todas as orientações da ONG. Hoje, mesmo sem gostar de colo, Brenda demonstra carinho, brinca com outros gatos e ganhou confiança no novo lar.
A história da gatinha Denise reforça que, mesmo em casos mais delicados, a socialização pode oferecer resultados positivos. Inicialmente arisca e reativa, Denise passou a aceitar carinhos com o tempo, graças a um trabalho cuidadoso de escuta, acompanhamento veterinário e apoio comportamental. A expectativa agora é que ela encontre um lar capaz de respeitar sua personalidade e oferecer segurança.
Com paciência e respeito, gatos resgatados aprendem a confiar de novo | Gatinha Brenda/Divulgação
Segundo Laís Piccolo, coordenadora de Adoções da Confraria dos Miados e Latidos, a socialização aumenta consideravelmente as chances de adoção. A ONG, que acolhe atualmente mais de 50 gatos com diferentes níveis de sociabilidade, entende que um animal saudável vai além dos cuidados físicos: precisa viver bem também emocionalmente. “Muitos dos nossos gatinhos hoje carinhosos e confiantes já foram, um dia, tímidos e inseguros”, afirma.
O processo de socialização pode durar mais de três meses e depende de múltiplos fatores. A veterinária e especialista em comportamento felino Débora Paulino, voluntária na ONG, explica que a adaptação está ligada às características individuais de cada gato, mas também ao ambiente e à atitude dos humanos ao redor.
Segundo ela, o trabalho de socialização deve considerar sinais como piscar lento (confiança), rabo levemente trêmulo na ponta (curiosidade), e evitar posturas tensas, como orelhas para trás ou fugas ao menor barulho.
Gatinhos inseguros hoje, carinhosos amanhã: o impacto do cuidado emocional | Gatinha Brenda/Divulgação
Débora destaca que a socialização é construída sobre cinco pilares: preparo do ambiente, troca olfativa, brincadeiras com contato visual, contato corporal supervisionado e rodízio de espaços. “A socialização é estruturada em cinco pilares e não em cinco minutos”, diz. Ela ressalta ainda que um gato pode regredir comportamentalmente caso vá para um ambiente onde não se sinta seguro ou acolhido. “Se ele se sente vulnerável, vai expressar isso em forma de agressividade, esconderijo, recusa alimentar ou outras alterações de comportamento.”
Mais informações sobre adoções e apoio à causa animal estão disponíveis no site da ONG.
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