Saúde • 20:36h • 17 de dezembro de 2025
Sound healing ganha espaço no mercado wellness e chega ao SUS
Terapia do som, com raízes milenares, cresce no mercado wellness, é adotada por celebridades e já integra práticas complementares do SUS
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações do JAM PR | Foto: Arquivo/Âncora1
Práticas terapêuticas baseadas em sons e vibrações vêm ganhando cada vez mais espaço entre pessoas que buscam equilíbrio físico e emocional. Conhecido como sound healing, ou terapia do som, o método utiliza instrumentos e frequências sonoras para induzir estados profundos de relaxamento, aliviar sintomas de ansiedade, melhorar a qualidade do sono e auxiliar no bem-estar geral. Nos últimos meses, a técnica deixou de ser restrita a nichos alternativos e passou a integrar o cotidiano do mercado wellness no Brasil e no mundo.
O sound healing parte do princípio de que tudo no universo vibra, inclusive o corpo humano. Quando essas vibrações entram em desequilíbrio, podem surgir desconfortos físicos ou emocionais. A prática busca restabelecer essa harmonia por meio de sons específicos, capazes de desacelerar ondas cerebrais, reduzir tensões e favorecer processos naturais de autorregulação do organismo.
Embora tenha se popularizado recentemente no Ocidente, a terapia do som tem raízes milenares. Culturas orientais, como a indiana e a chinesa, utilizam há séculos instrumentos e frequências sonoras como ferramentas de cuidado integral. O que mudou nos últimos anos foi a forma como essas técnicas passaram a ser incorporadas à rotina contemporânea, especialmente após a pandemia, período em que cresceu a busca por abordagens complementares de saúde.
De acordo com levantamento do Business Research Insights, o mercado global de sound healing deve movimentar cerca de US$ 340 milhões ainda este ano, com projeção de duplicar até 2033. O crescimento reflete uma maior abertura da população a terapias holísticas, impulsionada pela valorização do autocuidado e da saúde mental.
Para a empresária e cantora Zanna, especialista em sound branding e pesquisadora dos efeitos da música no corpo humano, o impacto do som vai além do aspecto emocional. “A música ressoa em cada molécula do nosso corpo. Como somos compostos em cerca de 70% por água, que é um excelente condutor de som, as frequências sonoras têm a capacidade de atravessar tecidos, influenciar estados mentais e promover relaxamento profundo”, explica.
Sessões de sound healing costumam envolver instrumentos como tigelas tibetanas, gongs, sinos e sons vocais, conduzindo o participante a um estado semelhante ao da meditação profunda. Entre os benefícios mais citados estão a redução da ansiedade, melhora do sono, alívio da insônia e sensação de bem-estar prolongado após as sessões.
O interesse crescente também chegou ao universo das celebridades. Personalidades como Gisele Bündchen já relataram publicamente experiências positivas com a terapia do som, ajudando a ampliar a visibilidade da prática e a despertar curiosidade do público em geral.
No Brasil, o sound healing não se limita ao setor privado. Desde 2017, a terapia do som integra oficialmente a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS). A técnica é oferecida em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, centros de reabilitação e hospitais públicos, ampliando o acesso da população a abordagens complementares de cuidado.
O avanço do sound healing demonstra uma mudança de comportamento em relação à saúde, cada vez mais vista de forma integrada, envolvendo corpo, mente e emoções. Ao combinar tradição ancestral, interesse científico e demanda contemporânea por bem-estar, a terapia do som se consolida como uma das tendências mais relevantes do setor wellness nos próximos anos.
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