Saúde • 15:32h • 15 de outubro de 2025
São Paulo confirma 418 casos e duas mortes por coqueluche; vacinação é essencial para conter avanço
Especialistas reforçam importância da vacinação infantil e dos reforços em adolescentes, adultos e gestantes para conter avanço da doença
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da CW Assessoria | Foto: Arquivo/Âncora1
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) confirmou 418 casos de coqueluche e duas mortes até setembro de 2025, em um cenário de crescimento da doença em todo o continente americano, conforme relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Altamente contagiosa, a coqueluche é uma infecção respiratória aguda caracterizada por crises de tosse intensa e prolongada, que podem durar semanas e evoluir para quadros graves, especialmente em bebês.
De acordo com os dados oficiais, 27,7% dos casos ocorreram em crianças menores de um ano, seguidos por 25,5% em crianças de 1 a 4 anos, o que reforça a necessidade de vacinação precoce e reforços regulares.
A infectologista pediátrica Sylvia Freire, do Sabin Diagnóstico e Saúde, alerta que, embora a gravidade seja maior em lactentes, a doença pode atingir pessoas de todas as idades. “É imprescindível manter a vacinação em dia nas crianças e garantir os reforços na adolescência e na fase adulta. Assim, reduzimos o risco de contágio e protegemos os bebês que ainda não podem ser vacinados”, explica.
Esquema de vacinação
O esquema primário contra a coqueluche deve começar aos 2 meses de vida, com doses subsequentes aos 4 e 6 meses e reforços aos 15 meses e aos 4 anos. A especialista reforça que novos reforços devem ser aplicados ao longo da vida, conforme idade e histórico vacinal.
As gestantes também merecem atenção especial, pois a imunização durante a gravidez protege o bebê nos primeiros meses de vida, período em que ele ainda não pode receber a vacina. “A vacinação materna cria uma barreira protetora e reduz significativamente o risco de infecção nos recém-nascidos”, afirma Sylvia.
Transmissão e prevenção
A infecção é transmitida por gotículas respiratórias — tosses, espirros e contato próximo —, e o risco aumenta quando adultos e adolescentes não vacinados convivem com bebês. “Em muitos casos, os próprios familiares transmitem a doença, pois apresentam sintomas leves e demoram a procurar diagnóstico”, explica a médica.
Como a proteção da vacina dura de 5 a 10 anos, é fundamental realizar reforços periódicos. A vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto) está disponível na rede particular e pode ser usada tanto para o início do esquema quanto como dose de reforço em adultos. Para quem viaja a áreas com risco de poliomielite, há a versão dTpa+VIP, que oferece proteção adicional contra a doença.
Tratamento
O tratamento da coqueluche é feito com antibióticos, que reduzem a gravidade dos sintomas quando administrados precocemente. Além disso, medidas como hidratação e controle da febre ajudam na recuperação. “Todo o tratamento deve ser orientado por um médico, especialmente em crianças pequenas, para evitar complicações graves”, orienta a infectologista do Sabin.
A vacinação, reforça Sylvia Freire, continua sendo a principal forma de prevenção e deve ser tratada como uma responsabilidade coletiva, já que o contágio é rápido e os impactos podem ser fatais em populações vulneráveis.
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