Mundo • 09:30h • 22 de junho de 2025
Trump anuncia ataque a usinas nucleares do Irã e promete novas ofensivas caso haja reação
Presidente dos EUA confirma bombardeio a três instalações iranianas e ameaça ampliar os ataques se Teerã responder militarmente
Jornalista: Luis Potenza MTb 37.357 | Com informações da Agência Brasil | Foto: Reprodução/X

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (21) que as forças armadas americanas realizaram ataques contra três instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. A ação foi divulgada nas redes sociais do presidente, que classificou a operação como um “grande sucesso militar”.
Segundo Trump, o principal alvo foi a usina de Fordow. Ele afirmou que os militares norte-americanos já haviam deixado o espaço aéreo iraniano após a ação. “Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. Agora é a hora da paz!”, declarou.
A ofensiva ocorre em meio à escalada de tensões entre Israel, Irã e Estados Unidos, desencadeada após um ataque israelense contra o Irã no dia 13 deste mês. Israel acusa Teerã de estar próximo de produzir uma arma nuclear, o que o Irã nega, alegando que seu programa tem fins exclusivamente pacíficos.
Ameaças do Iêmen
Horas antes da ofensiva americana, as Forças Armadas do Iêmen, alinhadas ao Irã, haviam ameaçado atacar embarcações dos Estados Unidos no Mar Vermelho caso Washington optasse por intervir diretamente no conflito entre Israel e Irã. Segundo o porta-voz militar iemenita, Yanya Saree, os navios comerciais e de guerra americanos seriam alvos caso os EUA participassem dos ataques contra Teerã.
O Exército do Iêmen declarou estar monitorando os movimentos militares na região e alertou para possíveis reações caso houvesse envolvimento direto de Washington ao lado de Israel.
Reforço militar dos EUA
Enquanto isso, a imprensa internacional relatou movimentações adicionais das forças americanas. De acordo com a agência Reuters, bombardeiros B-2, com capacidade de atingir alvos subterrâneos, foram deslocados para a Ilha de Guam, no Pacífico, como medida estratégica.
Discurso à nação e novas ameaças
Em um pronunciamento na noite de sábado, Trump detalhou os objetivos da ofensiva. Disse que o ataque buscou destruir a capacidade de enriquecimento de urânio do Irã e impedir o avanço de uma suposta ameaça nuclear. O presidente advertiu que, caso o Irã reaja, os próximos ataques serão “muito maiores e muito mais fáceis de executar”.
Apoio de Israel
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, agradeceu o apoio dos Estados Unidos e disse que a operação era necessária para neutralizar a ameaça representada pelo programa nuclear iraniano. Netanyahu afirmou que os ataques continuarão até que a segurança de Israel esteja garantida.
Israel, apesar de não reconhecer oficialmente, é apontado há décadas por diversas fontes como detentor de um arsenal nuclear próprio, com estimativas que indicam ao menos 90 ogivas atômicas desenvolvidas desde a década de 1950.
Contexto do conflito
O Irã, por sua vez, nega que esteja fabricando armas nucleares e sustenta que vinha cumprindo suas obrigações no âmbito do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Recentemente, porém, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) apontou descumprimentos por parte do governo iraniano, o que aumentou a pressão internacional sobre Teerã.
Até março, o próprio serviço de Inteligência dos Estados Unidos afirmava que o Irã não possuía um programa ativo de armamento nuclear. Essa avaliação, no entanto, agora é contestada pelo presidente Trump, que aponta a ofensiva como uma ação preventiva.
O cenário segue tenso, com ameaças de novas escaladas militares caso o Irã decida responder aos ataques.
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